Açoriano Oriental
Birmânia
Pequim apela ao diálogo para solucionar crise
A China afirmou hoje que apoia os esforços internacionais para resolver as tensões na Birmânia (Myanmar), apesar de recordar que este é "fundamentalmente" um assunto interno daquele país.

Autor: Lusa / AO online
    "A China está preparada para continuar a promover activamente uma solução apropriada para a questão da Birmânia em conjunto com a comunidade internacional", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Jianchao, em comunicado de imprensa.

    No entanto, neste mesmo texto divulgado pela agência noticiosa oficial Nova China, Liu acrescentou que "a questão da Birmânia devia ser resolvida fundamentalmente e de forma apropriada com os esforços do governo birmanês e das pessoas, através de consulta".

    Estes comentários foram a primeira reacção de Pequim à aprovação por unanimidade de uma declaração não vinculativa dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo a China, que "lamenta" a recente repressão das manifestações pró-democracia na Birmânia.

    O porta-voz do Ministério considerou que a declaração pretendeu ser uma "ajuda construtiva para todos os intervenientes na Birmânia no sentido da reconciliação e promoção da democracia e desenvolvimento através do diálogo".

    O Conselho de Segurança da ONU instou o governo e todas as partes envolvidas a colaborarem para reduzir as tensões e alcançar uma solução pacífica, numa declaração que serve também de apoio ao trabalho de mediação do enviado especial da organização ao território, Ibrahim Gambari.

    Além disso, o documento apelou ainda à junta militar que governa o país para "criar as condições necessárias para um diálogo genuíno" com Aung San Suu Kyi, a líder da oposição e prémio Nobel da paz, que viveu 12 dos últimos 18 anos em prisão domiciliária

    O texto final das Nações Unidas inclui alterações a uma primeira versão a pedido da Rússia, que vetou anteriores resoluções, e da China, um dos principais aliados da Birmânia.
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