Açoriano Oriental
Pedro Nuno Santos eleito secretário-geral venceu nos Açores

Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral do PS com 62% dos votos nas eleições diretas. Nos Açores, a percentagem foi superior

Pedro Nuno Santos eleito secretário-geral venceu nos Açores

Autor: Paula Gouveia/Lusa

Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral do PS com 62% dos votos (24 080) nas eleições diretas realizadas entre sexta-feira e sábado. Nos Açores, a percentagem foi superior (67%).

José Luís Carneiro foi o segundo mais votado, com 36% dos votos (14 868), e Daniel Adrião ficou em terceiro lugar, com 382 votos (1%). A candidatura de Pedro Nuno Santos elegeu também a maioria dos delegados ao Congresso do PS, 909, seguindo-se a de José Luís Carneiro, que elegeu 407, enquanto a de Daniel Adrião elegeu cinco delegados. O congresso que vai eleger os novos órgãos nacionais do partido está agendado para o período de 5 a 7 de janeiro.

No sábado, no seu discurso de vitória,  na sede nacional do partido em Lisboa, Pedro Nuno Santos manifestou-se confiante na unidade do seu partido para as legislativas, apontando-o como exemplo de estabilidade por ter na sua história apenas nove líderes contra 19 do PSD. O novo líder dos socialistas “cumprimentou os camaradas” de partido que “foram circunstancialmente” seus adversários. “Contamos com eles para a unidade”, sustentou.

O recém-eleito secretário-geral do PS considerou ainda que a solução governativa com os partidos à esquerda “de Geringonça não teve nada, foi muito estável e funcionou bem”, sem se comprometer com a sua reedição. “De qualquer forma, aquilo que eu disse, e repito, é que nós vamos trabalhar para ter uma grande vitória”, tendo discordado da ideia de que vai protagonizar um PS mais à esquerda.

Na sua moção global para a liderança do PS, intitulada “Portugal inteiro”, Pedro Nuno Santos propõe uma revisão constitucional que extinga a figura de representante da República na Madeira e Açores e garanta “a reforma e o aprofundamento da autonomia” das regiões autónomas.

Na mesma moção, defende “a valorização das carreiras” da Administração Pública, e quanto ao dossiê da TAP, considera que “não há pressa” em privatizar, uma vez que é uma empresa “com saúde financeira” e “muito saudável” do ponto de vista operacional. Sobre a nova localização para o aeroporto de Lisboa, já assegurou que será uma das primeiras decisões que vai tomar se for eleito primeiro-ministro. E na pasta da habitação, que tutelou enquanto ministro, pretende o aumento da oferta pública e contar com as empresas e o setor da construção, recorrendo a “modelos de cooperação”.  

Na Justiça, considera que é necessário “iniciar um amplo debate sobre o sistema de seleção, formação e governo dos magistrados e da magistratura, assim como dos demais agentes da justiça. E na saúde, defende que “os instrumentos de regulação das relações entre o setor público e o privado devem ser reforçados.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados