Autor: Paula Gouveia
O partido considera que as medidas que o governo regional têm adotado “não têm em conta a nossa realidade”, e critica que o executivo tente “acusar outros das falhas que só são suas”.
Para o PCP, “ao contrário do que tem sido afirmado pelo Governo Regional, as medidas tomadas não estão a surtir efeito. A razão é simples: são decididas longe do terreno e não são adequadas aos Açores”, sustentam os comunistas, em comunicado.
“São precisas novas
soluções”, defende, salientando que “definir medidas e impor
confinamento, com base em critérios estritamente epidemiológicos, tem-se
mostrado ineficaz”.
Por essa razão, defende o PCP, “o que faz falta
é tomar as medidas necessárias para que o desconfinamento se faça em
segurança”, ou seja, “a solução no combate à Covid-19 passa pela
vacinação rápida de todos, pela testagem massiva e pelo rastreio de
todos os novos casos”.
Para isso, diz ainda o PCP, “a Região tem de
assegurar a diversificação da aquisição de vacinas já referenciadas pela
OMS e recrutar os profissionais de saúde que são necessários”. E “a
Assembleia Regional pode e deve exigir, junto da República, o fim das
patentes das vacinas e a aquisição de vacinas a quem pode vendê-las”,
acrescentam os comunistas no comunicado. “Não é possível ocultar a
rejeição crescente pelas medidas restritivas. O efeito nas populações,
nos trabalhadores e nos micro, pequenos e microempresários mostra bem a
situação dramática que estes vivem, resultado da ausência de medidas
adequadas à nossa realidade social e económica”, sustenta o PCP.
“Estigmatizar
populações, como aconteceu com a georreferenciação de casas, insinuar
que as novas infeções resultam do incumprimento de medidas, quando a
esmagadora maioria as cumpre, culpar outros pelos erros no processo de
vacinação e afirmar que a comunicação social não contribui para o
combate à pandemia, quando esta apenas apresenta a realidade que se
vive, são provas de que é preciso repensar a estratégia seguida”, afirma
ainda o PCP.