Açoriano Oriental
Oposição traz ao parlamento dos Açores problemas no campo da Saúde

O PSD nos Açores levou ao parlamento da região problemas relacionados com a área da Saúde, criticando uma atuação governamental socialista "amorfa" e que "anda a reboque de denúncias", vincou o partido, que agendou o debate.

Oposição traz ao parlamento dos Açores problemas no campo da Saúde

Autor: Lusa/AO Online

"Temos um secretário titular da pasta que anda a reboque de denúncias que constantemente são tornadas públicas, e que não consegue assim antecipar-se ou prever a maioria dos problemas dos açorianos", declarou a parlamentar social-democrata Mónica Seidi, no arranque do debate tido na cidade da Horta, na ilha do Faial.

A parlamentar do PSD definiu a atual situação do Hospital de Ponta Delgada como "caótica", adjetivo que mereceu contestação do executivo e do PS.

"Toda esta situação acabou por condicionar outras valências do Serviço Regional de Saúde, nomeadamente a programação de cirurgias naquele hospital. E se, em 2018, a produção cirúrgica adicional esteve suspensa durante 15 dias, no presente ano, a mesma está parada há dois meses", denunciou ainda.

O titular da pasta da Saúde do executivo socialista, Rui Luís, advogou que a taxa de cobertura vacinal contra a gripe atingiu este ano "o valor mais elevado registado nos Açores", sendo que, a par da vacinação, "foram também disponibilizadas 650 consultas abertas nos centros de saúde para evitar uma maior pressão sobre as urgências”, nomeadamente em Ponta Delgada.

“Há uma maior acessibilidade aos hospitais, fruto do investimento do Governo ao nível dos cuidados de saúde primários, disponibilizando mais consultas e desenvolvendo um maior número de campanhas de prevenção”, afirmou ainda.

"Esta ideia do caos simplesmente não cola", diria posteriormente o deputado socialista Dionísio Maia, lembrando os "planos de contingência e emergência" do hospital da maior cidade açoriana.

Pelo CDS, o deputado Artur Lima abordou a área da fisioterapia no Hospital da ilha Terceira, que "não dá resposta às necessidades dos doentes, uma vez que os pedidos são bastantes e as pessoas estão em lista de espera há muito tempo".

O centrista sublinhou ainda que o prioritário no campo da Saúde "é combater listas de espera" e atender os doentes açorianos "a tempo e horas".

Pelo BE, Paulo Mendes reconheceu que ninguém no parlamento açoriano "deverá invejar" o cargo de Rui Luís, lamentando o bloquista "a suborçamentação de anos e anos" de executivos socialistas na matéria da Saúde.

Já o PCP, pelo deputado João Paulo Corvelo, diz serem "evidentes os sinais crescentes de fragilização" do Serviço Regional de Saúde.

Tal, diz o comunista, resulta de "anos de uma política levada a cabo por um Governo [Regional] exausto, que se tem pautado pelo subfinanciamento e subinvestimento que condicionam a missão constitucional de garantir o acesso de todos os açorianos à prestação de cuidados de saúde".


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