Açoriano Oriental
TAP
“Não roubei, furtei ou fugi com o computador” nem “agredi ninguém”

O ex-adjunto de João Galamba negou ter roubado, furtado ou fugido com o computador adstrito pelo Ministério das Infraestruturas, rejeitando também as acusações de agressão, alegando que apenas se libertou em legítima defesa.

“Não roubei, furtei ou fugi com o computador” nem “agredi ninguém”

Autor: Lusa/AO Online

“Não roubei, furtei ou fugi com o computador que me foi adstrito pelo Ministério das Infraestruturas. Não parti o vidro com a bicicleta ou com qualquer outro objeto. Estas acusações […] são falsas, injuriosas e difamatórias”, afirmou o ex-adjunto exonerado por João Galamba, na comissão de inquérito à TAP.

Relativamente às acusações de agressão, Frederico Pinheiro também as negou: "Não agredi ninguém, apenas me libertei em legítima defesa de quatro pessoas que me empurraram e puxaram e me tentaram tirar a mochila. Fui eu que chamei a polícia para abandonar o edifício onde me tinham sequestrado”.

O ex-adjunto, que sublinhou ter trabalhado durante seis anos para três governos de António Costa, disse ainda que se vai defender das acusações nas instâncias judiciais próprias.


“Em momento algum me foram solicitadas as notas” mas sabiam da existência

O ex-adjunto de João Galamba disse hoje que “em momento algum” lhe pediram as notas da reunião preparatória de janeiro com ex-CEO da TAP, mas "sabiam da sua existência”, e revelou um "apagão" às mensagens do telemóvel.

“Em momento algum me foram solicitadas as notas [da reunião preparatória], sendo certo que sabiam da sua existência”, afirmou Frederico Pinheiro na comissão de inquérito à TAP, referindo-se a uma reunião em 05 de abril, para abordar o tema da reunião preparatória do grupo parlamentar do PS com a ex-presidente executiva (CEO) da TAP, em janeiro.

Naquele momento, disse o ex-adjunto, foi comunicada a existência de notas, como sempre tirava, e que se tratava de um documento informal, “com gralhas”.

“A dr. Eugénia Correia, que me pareceu desconhecer a reunião de 16 janeiro [entre o ministro João Galamba e a ex-CEO, Christine Ourmières-Widener] indicou claramente que não seria revelada a existência da reunião entre o ministro e a então CEO e indicou ainda que em caso de requerimento da comissão parlamentar de inquérito as notas não seriam entregues”, afirmou Frederico Pinheiro.

Maria Eugénia Correia, chefe de gabinete de João Galamba, pediu então todas as comunicações entre Frederico Pinheiro e a ex-CEO da TAP, mas o ex-adjunto informou-a de que tal não era possível, uma vez que a gestora tinha a opção de apagar automaticamente as mensagens no Whatsapp ao fim de alguns dias.

Segundo Frederico Pinheiro, Maria Eugénia Correia ordenou uma intervenção no telemóvel do ex-adjunto, que, segundo o inquirido, resultou num “apagão” das mensagens no equipamento.



PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados