Autor: Lusa/AOonline
"Se outros indícios não existissem, sem necessidade de constatar os inúmeros retrocessos verificados nos últimos anos, basta-nos olhar para a enorme degradação das relações entre o trabalho e o capital, no que se refere à parte dos salários no rendimento social", disse à Agência Lusa.
"Apesar de a riqueza criada por trabalhador ter crescido 41 vezes, entre 1975 e 2004, a parte dos salários no rendimento nacional desceu, no mesmo período, de 59 por cento para 40 por cento", explicou.
Vasco Lourenço, que ainda hoje lamenta o facto de não ter sido ele a comandar as operações militares do 25 de Abril de 1974, por ter sido transferido compulsivamente para os Açores no mês de Março desse ano, acrescenta: "Francamente não foi para isto que se fez o 25 de Abril".
Sem pôr em causa que o fundamental da revolução foi a conquista da liberdade e democracia e que algum desenvolvimento foi conseguido, a actual situação "tem apresentado vários retrocessos nos últimos anos, principalmente porque a maioria dos órgãos de soberania já perderam um pouco a noção do que foi o 25 de Abril", garante.
"As desigualdades sociais aumentaram, os nossos pobres continuam a aumentar, o aumento do fosso entre ricos e pobres e uma classe média cada vês mais castigada", diagnostica Vasco Lourenço.
"Portugal está desequilibrado em termos de justiça social face aos primeiros anos após o 25 de Abril", defende o militar, que denuncia ainda o "isolamento da classe política-partidária face à população, facto que prejudica a Democracia".
Aliás, o militar é da opinião de que os "partidos políticos em Portugal transformaram-se em agências de emprego" e vai mais longe quando afirma que "as Democracias Europeias caminham alegremente para o abismo, face à falta de ligação entre eleitos e eleitores, fenómenos com a xenofobia e a imigração ilegal, a predominância do capital sobre o trabalho".
"Quando isso surgir vai causar concerteza casos de violência extrema, com movimentações radicais de extractos das populações e com os ressurgimentos de líderes autoritários".
Orgulhoso do seu percurso no estabelecimento da Democracia em Portugal e na fundação da A25A, em 21 de Outubro de 1982, o coronel conclui: "Infelizmente, o 25 de Abril não está hoje na agenda política e só aparece para compor o ramalhete".
"Apesar de a riqueza criada por trabalhador ter crescido 41 vezes, entre 1975 e 2004, a parte dos salários no rendimento nacional desceu, no mesmo período, de 59 por cento para 40 por cento", explicou.
Vasco Lourenço, que ainda hoje lamenta o facto de não ter sido ele a comandar as operações militares do 25 de Abril de 1974, por ter sido transferido compulsivamente para os Açores no mês de Março desse ano, acrescenta: "Francamente não foi para isto que se fez o 25 de Abril".
Sem pôr em causa que o fundamental da revolução foi a conquista da liberdade e democracia e que algum desenvolvimento foi conseguido, a actual situação "tem apresentado vários retrocessos nos últimos anos, principalmente porque a maioria dos órgãos de soberania já perderam um pouco a noção do que foi o 25 de Abril", garante.
"As desigualdades sociais aumentaram, os nossos pobres continuam a aumentar, o aumento do fosso entre ricos e pobres e uma classe média cada vês mais castigada", diagnostica Vasco Lourenço.
"Portugal está desequilibrado em termos de justiça social face aos primeiros anos após o 25 de Abril", defende o militar, que denuncia ainda o "isolamento da classe política-partidária face à população, facto que prejudica a Democracia".
Aliás, o militar é da opinião de que os "partidos políticos em Portugal transformaram-se em agências de emprego" e vai mais longe quando afirma que "as Democracias Europeias caminham alegremente para o abismo, face à falta de ligação entre eleitos e eleitores, fenómenos com a xenofobia e a imigração ilegal, a predominância do capital sobre o trabalho".
"Quando isso surgir vai causar concerteza casos de violência extrema, com movimentações radicais de extractos das populações e com os ressurgimentos de líderes autoritários".
Orgulhoso do seu percurso no estabelecimento da Democracia em Portugal e na fundação da A25A, em 21 de Outubro de 1982, o coronel conclui: "Infelizmente, o 25 de Abril não está hoje na agenda política e só aparece para compor o ramalhete".