“Em tempos de incerteza iguais aos que estamos a atravessar, criar condições para que as pessoas possam ter uma vivência intercultural assume uma importância acrescida”, afirmou Paulo Mendes, presidente da AIPA, na conferência de imprensa de apresentação deste festival, que também inclui uma feira de gastronomia com pratos de Angola, Brasil e Macau.

Por seu lado, Graça Castanho, diretora regional das Comunidades, admitiu que “o ambiente de grandes dificuldades” que se vive atualmente “não é muito favorável” à vinda de novos imigrantes para os Açores”, mas garantiu que o seu retorno aos países de origem é uma “situação controlada”.

“Os imigrantes nos Açores vão à luta”, sustentou Graça Castanho, realçando a diversidade de origem dos imigrantes que se estabeleceram nos últimos anos no arquipélago, onde residem atualmente pessoas de 86 nacionalidades.

José Galissa (Guiné-Bissau), Xico Barata (Angola), Tó Alves (Cabo Verde), Afrocuban Trio (Cuba) e o grupo etnográfico Oberig(Ucrânia) são os participantes do Festival 'O Mundo Aqui', que também conta com a presença dos grupos açorianos Tunídeos e Bandarra.

O programa inclui ainda um concurso de pintura denominado 'À descoberta de talentos' e workshops de kizomba (género de música e dança originário de Angola) e capoeira.