Autor: Lusa/AO online
Recentemente, o Museu descobriu um espólio de desenhos e manuscritos inéditos de Francisco Arruda Furtado, depois de há alguns anos ter descoberto correspondência do naturalista português originário dos Açores com Charles Darwin, o naturalista britânico autor da teoria da evolução das espécies através da seleção natural.
Em declarações hoje à Lusa, a investigadora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Marta Lourenço, assegurou que está “para breve” o lançamento do portal com informações sobre a obra documental do naturalista português.
No portal ainda em construção, deverá ficar à disposição do público informação detalhada sobre o naturalista português, cuja obra em vida cruzou áreas diversas, desde História, Malacologia (estudo dos moluscos) e Antropologia.
O museu deverá depois organizar uma exposição sobre Francisco Arruda onde será exibido o material que estava fechado à chave numa gaveta da biblioteca, na sala do Conselho Escolar, onde durante quatro séculos de existência do museu sempre se reuniram os professores da antiga Escola Politécnica Portuguesa, pertencente à Universidade de Lisboa.
Francisco Arruda Furtado, tido como um dos maiores naturalistas portugueses de todos os tempos, trabalhou cerca de três anos no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, a partir de 1884, antes de morrer, aos 33 anos, em junho de 1887, deixando uma extensa produção científica.