Autor: André Medina
“Inicialmente, não íamos participar porque a verba que tínhamos disponível não era suficiente. E houve uma abertura do Governo, que nos informou que a marca ‘Açores’ ia avançar com uma verba para apoiar o clube e nós avançámos com a nossa participação. Só que, para além de não termos recebido nada da marca ‘Açores’ até ao momento, não recebemos qualquer valor do contrato-programa celebrado com a Direção Regional do Desporto”, contou Liberal Carreiro, coordenador do departamento de hóquei em patins dos “azuis” da Calheta.
O Marítimo regressou, esta época desportiva, à II Divisão nacional onde integra a Série Sul, tendo realizado, até ao momento, seis deslocações ao território continental.
“Nós não temos disponibilidade financeira para mais nenhuma viagem e temos mais duas para fazer no próximo mês de dezembro”, confessou Liberal Carreiro, acrescentando que o encerramento do departamento de hóquei em patins é um cenário provável.
“Podemos encerrar definitivamente a nossa participação já no próximo mês de janeiro, se as verbas não chegarem até lá”, atirou.
De acordo com o diretor do clube, as verbas deveriam ter sido transferidas no passado mês de outubro.
“O Marítimo já gastou mais de trinta mil euros nas viagens que efetuou e ainda não recebeu um cêntimo. É uma situação insuportável para o clube”, afirmou Liberal Carreiro.
Apesar dos contactos estabelecidos entre o clube e o Governo, onde foi assegurada a regularização da situação, o Marítimo ainda não recebeu qualquer verba dos apoios acordados, vendo-se “forçado” a terminar precocemente a sua época desportiva.
“O Marítimo
irá fechar e nunca mais abrirá competição na modalidade de hóquei em
patins, pelo menos enquanto esta direção cá estiver, até porque era o
que tínhamos previsto no início da época”, concluiu Liberal Carreiro.