No final de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, Louçã reiterou ainda a recusa bloquista de um “um plano de resgate financeiro ou de cedência a um contexto de contrato com o FMI e com o fundo europeu”.
“A solução a que devemos recorrer é a de consulta para que os portugueses tenham a palavra e a decisão, para que haja eleições num prazo razoável (…) Propusemos que a data escolhida fosse 05 de Junho, estamos disponíveis que haja um debate político sólido, rápido, com grandes decisões. Mas sabemos que é preciso olhar com toda a atenção para a crise financeira que se está a viver, para as pressões externas, para a chantagem dos mercados especulativos”, disse.
Francisco Louçã vincou ainda que o BE “sempre se opôs a um plano de resgate financeiro ou de cedência a um contexto de contrato com o FMI e com o fundo europeu”.
“Isso significaria uma punição sobre a economia portuguesa e um estrangulamento social que não estamos dispostos a aceitar (…) o caminho que temos que seguir, escolhido pelos portugueses, deve apontar para o reforço da solidariedade social”, considerou.
Demissão do Governo
Louçã defende eleições "num prazo razoável" e reafirma oposição a resgate
O líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, defendeu que “haja eleições num prazo razoável” para ultrapassar a actual crise política, propondo o dia 5 de Junho como data possível para o ato eleitoral.
Autor: Lusa/AO online
