Açoriano Oriental
Incêndios
Líder do PSD critica Governo e diz que a reforma florestal falhou

O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou hoje que a reforma florestal “falhou” e criticou António Costa por não ter dado seguimento à compra de dois aviões de combate aos incêndios em 2016 iniciado pelo governo PSD/CDS-PP.

Líder do PSD critica Governo e diz que a reforma florestal falhou

Autor: Lusa /AO Online

“Não é retirar aproveitamento político dos incêndios. É cuidar do que é público, do que é de todos. É preciso dizer que reforma florestal que o governo tanto anunciou não está a funcionar no terreno. É preciso dizer isso”, afirmou, falando em Ponta Delgada no encerramento do 25º. congresso regional do PSD/Açores.

Na semana em que o Governo anunciou a aquisição de meios para o combate aos incêndios, Luís Montenegro afirmou que o primeiro-ministro António Costa não deu seguimento à compra de dois aviões em 2016, um processo iniciado pelo anterior governo liderado por Passos Coelho.

“O doutor António Costa em 2016 recebeu do governo anterior um projeto para comprar dois aviões, financiado pelo [programa] Portugal 2020. Eram 50 milhões de euros de euros, mas entendeu que era mais rentável alugar do que comprar”, criticou.

Considerando que “não é depois da casa roubada que se vão pôr as trancas na porta”, Montenegro acusou o Governo de ser “responsável pela vulnerabilidade da floresta” e pela “falta de meios” no terreno.

“Temos de ter a capacidade de tomar essas decisões antes de as coisas acontecerem e o doutor António Costa e o PS mais uma vez falharam”, assinalou.

Dirigindo-se ao primeiro-ministro António Costa, o líder social-democrata considerou que “governar é antecipar e evitar problemas” e não fazer “anúncios todos os dias”.

“Esta forma como o doutor António Costa trata os assuntos que são de todos, que interessam à vida quotidiana das pessoas, tem de acabar ou pelo menos temos de denunciá-la para que ele possa mudar o comportamento”, afirmou.

Portugal Continental está em situação de contingência até hoje devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Cinco distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.



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