Açoriano Oriental
José Manuel Bolieiro confiante na estabilidade do Governo diz que diálogo está "para durar"

O líder do PSD/Açores afirmou esta sexta feira a estabilidade, “até 2024”, do mandato do Governo Regional, garantindo que está “para durar” o “diálogo democrático” da “coligação governativa “sólida” com o CDS-PP e o PPM.

José Manuel Bolieiro confiante na estabilidade do Governo diz que diálogo está "para durar"

Autor: Lusa /AO Online

“Sem maioria absoluta [nas eleições legislativas regionais de 2020], o desafio foi então, e é atualmente, e com tendência para durar, o do diálogo democrático, concertação, e coerência de princípios e valores sólidos da social-democracia, do humanismo e do reformismo, sob a liderança do PSD”, afirmou José Manuel Bolieiro, em Ponta Delgada, na sessão de abertura do 25.º congresso da estrutura partidária,

No primeiro congresso do PSD/Açores desde que assumiu a presidência do Governo Regional, pondo fim a 24 anos de governação socialista, Bolieiro garantiu que a ausência de maioria absoluta não impediu “uma coligação governativa sólida [com o CDS-PP e o PPM] – na convergência autonómica, doutrinária e ideológica”, nem uma um mandato estável, "até 2024”, com os acordos de incidência parlamentar.

“A coligação do Governo, apesar de sólida, não podia dispensar, nem dispensou, o valor da estabilidade, com os acordos de incidência parlamentar”.

Estes, sustentou, “influenciaram positivamente a própria configuração e conteúdos do programa de Governo e respetivas orientações de médio prazo, que estabilizam assim o mandato 2024”.

Nas eleições regionais de 2020, o PS foi o partido mais votado, elegendo 25 parlamentares, mas perdeu a maioria absoluta, e PSD/CDS-PP/PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo para formar governo, contando ainda com o apoio parlamentar de Chega, da Iniciativa Liberal e do deputado Independente (ex-Chega).

O líder do PSD/Açores apresentou-se num congresso “histórico”, o primeiro que, “ao fim de mais de 25 anos” se realiza “com o PSD liderando a governação dos Açores, numa solução histórica da democracia autonómica”.

“Convictos do mandato democrático recebido, tanto pelo povo, como pelo nosso partido, empenhados no diálogo e concertação política, e firmes nos valores, a assunção da governação dos Açores teve, e tem, em horizonte, uma visão estratégica e reformista para a próxima década nos Açores”, sublinhou.

Para Bolieiro, “é já uma certeza democrática a de que o povo deseja estabilidade, mesmo quando favorece a pluralidade representativa democrática”.

“A decisão dos açorianos, devidamente interpretada, foi a de, ao fim de 24 anos consecutivos, ver afirmada uma alternativa democrática, com alternância não socialista”, recordou.

O PSD “cumpriu e cumpre a sua matriz doutrinária e a sua condição indeclinável de partido de Poder e Governação”, assegurou.

“Tanto na governação regional, como no Poder Local dos Açores. Em ambos passamos a liderar”, notou.

Foram estas as mudanças do PSD/Açores “desde o nosso último congresso regional [realizado no início de 2020]”, afirmou.

Para Bolieiro, o que mais importa “é o nosso presente e futuro coletivos”.

“Não foram fáceis estes tempos de pandemia, que teimam em não acabar, nem é fácil a tristeza de uma guerra na Europa, que condenámos com veemência, contra os invasores. São tempos de medos e incertezas que exigem força e estabilidade aos governos”, frisou.

Num discurso de 12 páginas, o líder do PSD/Açores elencou os compromissos já cumpridos: a descida de impostos, a redução do preço das passagens aéreas, investir mais no Serviço Regional de Saúde, combater a precariedade laboral dos professores ou a “clara racionalização do Setor Público Empresarial”, entre outros.

“Comprometemo-nos a Salvar a SATA. O plano de reestruturação da SATA foi aprovado pela Comissão Europeia. Vamos proceder a um aumento do capital da SATA”, afirmou.

Bolieiro elencou ainda ambições para a próxima década, na Educação, na Saúde, para combater a pobreza ou “vencer o problema demográfico sério” da Região.

“Queremos e estamos a inaugurar um novo ciclo de autonomia de corresponsabilização. O Governo dos Açores não quer controlar todos e mandar em tudo”, vincou.

Contando com a participação de 240 congressistas que vão eleger os novos órgãos regionais do PSD/Açores, a reunião magna dos social-democratas prolonga-se até domingo, em Ponta Delgada, altura que contará com a presença do novo líder nacional do partido, Luís Montenegro, na sessão de encerramento.

José Manuel Bolieiro foi, no início de junho, eleito para um segundo mandato à frente do partido, alcançando 99% dos votos nas eleições diretas em que participaram 1.778 militantes.


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