Açoriano Oriental
25º Congresso PSD/A
Líder do PSD/Açores afirma estratégia para a década na pobreza, saúde, educação e turismo

O líder do PSD/Açores defende, na moção que vai apresentar no congresso regional, estratégias para a década no combate ao “vergonhoso nível de pobreza”, para a Educação, Saúde e para consolidar “a aposta na qualidade do turismo”.

Líder do PSD/Açores afirma estratégia para a década na pobreza, saúde, educação e turismo

Autor: Lusa/AO Online

“É nossa ambição combater, no espaço de uma década, o vergonhoso nível de pobreza em que vive um terço dos nossos concidadãos, para níveis próximos da média nacional (17,2%)”, diz José Manuel Bolieiro na moção global de estratégia “Juntos Somos mais Fortes", que leva ao 25.º congresso da estrutura regional, a realizar entre sexta-feira e domingo em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

No primeiro congresso da estrutura regional desde que alcançou a presidência do Governo Regional (em coligação pós-eleitoral com o CDS-PP e PPM e acordos de incidência parlamentar com o Chega, deputado independente e Iniciativa Liberal), Bolieiro destacou que o atual executivo está empenhado em construir projetos para os próximos dez anos, “inadiáveis” se a região quiser vencer o atraso registado.

Os dez anos que se avizinham, diz, oferecem também “a oportunidade inadiável de consolidar” a “base estratégica” dos Açores, “com uma aposta clara na qualidade do turismo açoriano”.

“Assegurar a sustentabilidade do setor do turismo é a nossa missão”, defende.

Na Educação, Bolieiro lembra a intenção de “colocar os Açores na senda da agenda 2030 de desenvolvimento sustentável da ONU”.

Quanto à Saúde, destaca o empenho “numa estratégia de década para a eficiência e eficácia do Serviço Regional”, apostando na “institucionalização da telemedicina”.

“Queremos, de forma coordenada, proporcionar, sempre que possível, a teleconsulta e assim evitar a deslocação de doentes”, refere.

O “problema demográfico sério” da região será vencido “promovendo o aumento da natalidade mas, sobretudo, oferecendo condições de fixação pelas vantagens que, no quadro dos valores contemporâneos, são mais procurados”.

“Um sistema educativo e de saúde de qualidade superior, uma sociedade justa e com espaço para a participação ativa, bons suportes sociais à infância e à velhice são eficazes facilitadores da fixação da população, como o equilíbrio do ambiente natural, o padrão de segurança que temos, o nível de mobilidade de que já dispomos e o desenvolvimento económico que estamos a conquistar”, sustentou.

Na moção, Bolieiro manifesta um “compromisso de união, de verdade e de sucesso".

“Verdade nos planos e orçamentos, nas políticas que traçarmos e nos apoios que concedermos. Verdade e transparência. A crítica será sempre encarada como uma ajuda para fazermos o melhor que soubermos e pudermos”, observou.

No “novo ciclo da Autonomia dos Açores” que este Governo está “a inaugurar”, há “espaço para a crítica e para a manifestação livre das opiniões individuais”, sublinha.

“A sociedade está mais solta. Mais criativa”, descreve no documento de 25 páginas.

Este “é o momento de envolver todos os agentes empresariais, académicos e governamentais” para criar “um ecossistema regional de inovação dinâmico e resiliente” que “potencie e alavanque os impactos dos instrumentos comunitários disponíveis nos próximos anos”, acrescenta.

Também é “necessário iniciar hábitos permanentes de transparência, rigor e responsabilidade”.

“Só uma administração pública cada vez mais profissional e afastada dos interesses partidários garantirá um quadro estável de progresso e de combate ao clientelismo e patrocinato”, alertou.

Outra “exigência transversal” do futuro “está no rigor financeiro das contas públicas”.

“Não vamos aumentar o endividamento dos Açores! Pelo contrário, a opção é encetar uma caminhada de redução da dívida pública regional”, indicou.

Melhorar “o sistema de transporte e as suas estruturas” é outro “desígnio”.

“A nossa aposta de governação dos Açores tem uma matriz identitária com opções reformistas e disruptivas. Desde logo, a aposta na criação efetiva de um modelo de intermodalidade regional e territorial entre os transportes aéreo e marítimo, consubstanciada na inovação, no modelo de obrigações de serviço público de transporte aéreo e marítimo de pessoas e mercadorias”, refere.


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