Açoriano Oriental
Pico
Lançado concurso para criar zona de apoio às descidas do ponto mais alto de Portugal

O concurso público para a criação da zona de apoio às descidas ao ponto mais alto de Portugal, a montanha do Pico, nos Açores, um investimento de cerca de 350 mil euros, foi esta sexta-feira publicado em Jornal Oficial.


Lançado concurso para criar zona de apoio às descidas do ponto mais alto de Portugal

Autor: Lusa/AO online

A obra, com um prazo de execução de um ano, contempla também uma área de estacionamento para 60 viaturas.

À agência Lusa, o diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge, explicou que esta é uma “obra fundamental para qualificar a oferta tendo em conta a crescente procura pela montanha”.

“O espaço que lá existe é exíguo e serve de apoio aos visitantes quer no momento da subida, quer na descida. Agora cria-se uma zona autónoma para apoio após as descidas, uma vez que o registo e a subida continuarão a fazer-se no espaço atual da Casa da Montanha”, adiantou Hernâni Jorge.

Segundo o responsável, o novo espaço, contíguo à atual infraestrutura, contempla instalações sanitárias, uma área para descanso e para o visitante poder trocar de vestuário, e limpar roupa e calçado, caso venha enlameado da descida.

A montanha do Pico, com 2.351 metros de altura, atingiu a 15 de agosto um novo recorde diário, quando 384 pessoas a escalaram. O último recorde tinha sido em agosto de 2013, quando subiram 329 pessoas num dia.

Nesse mês, foram atingidas dez mil subidas, quando em 2015 “as dez mil subidas foram ultrapassadas em meados de outubro, enquanto no ano passado tal sucedeu no mês de setembro”.

Entre 01 de janeiro e 31 de outubro subiram a montanha 15.261 pessoas.

Segundo o diretor regional do Ambiente dos Açores, há um limite de permanência em simultâneo no trilho da montanha, de 160 pessoas, podendo em situações excecionais ser autorizado um acréscimo de 25%, até ao máximo de 200 pessoas.

Já no Piquinho, 70 metros acima da cratera, a permanência em simultâneo é de 30 pessoas por um período máximo de 30 minutos.

De acordo com a página na Internet dos Parques Naturais dos Açores, “embora não sendo uma escalada técnica, a subida à montanha do Pico é de grau de dificuldade médio/elevado”.

“O trilho tem uma extensão total de cerca de 7.600 metros (3.800 metros desde a base até ao cume) e um desnível de 1.100 metros, iniciando-se na Casa da Montanha, a 1.230 metros de altitude, onde todos os caminhantes fazem o registo de subida, atingindo o cume aos 2.351 metros de altitude e terminando com o regresso à Casa da Montanha”, acrescenta.


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