Autor: Pedro Caetano, Lusa / AO online
No meio do Atlântico, George W. Bush, Tony Blair e José Maria Aznar, recebidos pelo primeiro-ministro português de então, Durão Barroso, reuniram-se, na tarde de 16 de Março de 2003, naquela que também ficou conhecida como a Cimeira das Lajes, que culminou, 4 dias depois, na madrugada de 20 do mesmo mês, com o início da intervenção militar no Iraque.
Desencadeada por uma coligação militar internacional, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, e apoiada por Portugal e Espanha, entre outros países, a operação conduziu à ocupação militar do Iraque, que se mantém, e ao derrube do regime do ditador Saddam Hussein, que viria a ser capturado e morto, por enforcamento, depois de julgado e condenado à pena capital por um tribunal iraquiano.
Da reunião na ilha Terceira, nos Açores, saiu um aparente derradeiro ultimato à ONU e a Saddam Hussein no sentido de se evitar uma intervenção militar no Iraque, alegadamente por via de uma solução diplomática para uma crise em que já então parecia inevitável o recurso à força das armas.
“Ou o Iraque se desarma ou é desarmado pela força”, afirmou George W. Bush, na conferência de imprensa final da Cimeira, que decorreu na base militar portuguesa, que acolhe um destacamento militar norte-americano, ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa assinado entre os dois países.
Bush referia-se à então tida como hipótese credível de o Iraque dispor de armas de destruição maciça, nomeadamente químicas, uma suspeita que, embora tivesse sido a principal justificação oficial para a intervenção militar externa no país, viria a revelar-se infundada e nunca suficientemente sustentada, como reconheceram anos depois, um a um, todos os protagonistas da Cimeira das Lajes.
A Cimeira teve como anfitrião o então primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso, actualmente presidente da Comissão Europeia, que foi o primeiro a chegar à infra-estrutura militar para receber George W. Bush, José Maria Aznar e Tony Blair.
Já depois do encontro, que levou centenas de jornalistas de todo o mundo à ilha Terceira, Durão Barroso disse que a Cimeira das Lajes tentou ser uma alternativa à guerra, uma última tentativa de se encontrar uma solução política e diplomática para a crise.
A Cimeira decorreu numa altura em que o conflito armado no Iraque já era dado como praticamente inevitável. “Há poucas razões para esperar que Saddam se desarme”, reconhecia o presidente norte-americano, na véspera do encontro das Lajes.
Durão Barroso foi a primeiro a chegar às Lajes, onde aterrou às 11:15 locais (12:15 de Lisboa), seguindo-se Blair, às 14:45 e Aznar, às 15:25.
O “Air Force One” do presidente norte-americano tocou a pista da base aérea às 15:50 (16:50 de Lisboa), onde o esperava, no exterior das instalações militares, uma manifestação pela paz com cerca de 350 pessoas, entre os quais o dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã.
Uma hora após o início da Cimeira, os manifestantes dispersaram sem problemas.
Esta foi uma das ocasiões que colocaram a base portuguesa no centro das atenções mundiais, à semelhança de Dezembro de 1971, quando acolheu um encontro entre os presidentes norte-americano, Richard Nixon, e francês, George Pompidou.
Este “porta-aviões” no meio do Atlântico começou a ser utilizado pelos EUA em 1946 e, além dos militares, dá emprego a cerca de 850 portugueses civis que trabalham para os norte-americanos.
Desencadeada por uma coligação militar internacional, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, e apoiada por Portugal e Espanha, entre outros países, a operação conduziu à ocupação militar do Iraque, que se mantém, e ao derrube do regime do ditador Saddam Hussein, que viria a ser capturado e morto, por enforcamento, depois de julgado e condenado à pena capital por um tribunal iraquiano.
Da reunião na ilha Terceira, nos Açores, saiu um aparente derradeiro ultimato à ONU e a Saddam Hussein no sentido de se evitar uma intervenção militar no Iraque, alegadamente por via de uma solução diplomática para uma crise em que já então parecia inevitável o recurso à força das armas.
“Ou o Iraque se desarma ou é desarmado pela força”, afirmou George W. Bush, na conferência de imprensa final da Cimeira, que decorreu na base militar portuguesa, que acolhe um destacamento militar norte-americano, ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa assinado entre os dois países.
Bush referia-se à então tida como hipótese credível de o Iraque dispor de armas de destruição maciça, nomeadamente químicas, uma suspeita que, embora tivesse sido a principal justificação oficial para a intervenção militar externa no país, viria a revelar-se infundada e nunca suficientemente sustentada, como reconheceram anos depois, um a um, todos os protagonistas da Cimeira das Lajes.
A Cimeira teve como anfitrião o então primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso, actualmente presidente da Comissão Europeia, que foi o primeiro a chegar à infra-estrutura militar para receber George W. Bush, José Maria Aznar e Tony Blair.
Já depois do encontro, que levou centenas de jornalistas de todo o mundo à ilha Terceira, Durão Barroso disse que a Cimeira das Lajes tentou ser uma alternativa à guerra, uma última tentativa de se encontrar uma solução política e diplomática para a crise.
A Cimeira decorreu numa altura em que o conflito armado no Iraque já era dado como praticamente inevitável. “Há poucas razões para esperar que Saddam se desarme”, reconhecia o presidente norte-americano, na véspera do encontro das Lajes.
Durão Barroso foi a primeiro a chegar às Lajes, onde aterrou às 11:15 locais (12:15 de Lisboa), seguindo-se Blair, às 14:45 e Aznar, às 15:25.
O “Air Force One” do presidente norte-americano tocou a pista da base aérea às 15:50 (16:50 de Lisboa), onde o esperava, no exterior das instalações militares, uma manifestação pela paz com cerca de 350 pessoas, entre os quais o dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã.
Uma hora após o início da Cimeira, os manifestantes dispersaram sem problemas.
Esta foi uma das ocasiões que colocaram a base portuguesa no centro das atenções mundiais, à semelhança de Dezembro de 1971, quando acolheu um encontro entre os presidentes norte-americano, Richard Nixon, e francês, George Pompidou.
Este “porta-aviões” no meio do Atlântico começou a ser utilizado pelos EUA em 1946 e, além dos militares, dá emprego a cerca de 850 portugueses civis que trabalham para os norte-americanos.