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Médio Oriente
Hamas condena operações das forças de segurança palestinianas em Jenin

O grupo islamita Hamas condenou as operações realizadas pelas forças de segurança palestinianas nos últimos dias no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, afirmando trata-se de “um crime nacional” contra os “combatentes da resistência”

Hamas condena operações das forças de segurança palestinianas em Jenin

Autor: Lusa/AO Online

O Hamas afirmou que a Autoridade Palestiniana (AP) "faz-se de surda às vozes palestinianas que apelam ao fim da operação e à proteção da resistência, que representa um escudo firme para o povo, para a terra e para os seus lugares sagrados contra os crimes da ocupação e dos colonos (israelitas)”.

Assim, o Hamas apelou a uma mobilização para "repelir esta operação de segurança, que beneficia o exército de ocupação e os seus sonhos falhados de acabar com a resistência na Cisjordânia", num comunicado publicado pelo jornal Filastin, ligado ao Hamas.

Neste sentido, o grupo islamita palestiniano pediu que “as armas sejam dirigidas contra a ocupação, que foi longe demais ao derramar o sangue dos palestinianos e ampliou um genocídio que afeta crianças, mulheres e idosos diante do desamparo sem precedentes por parte da comunidade internacional".

O comunicado foi publicado após vários dias de confrontos entre as forças da Autoridade Palestiniana e as Brigadas de Jenin naquele campo de refugiados, nos quais morreram um comandante do grupo identificado como Yazid Khaysé e um adolescente de 16 anos, provocando críticas do Hamas.

As Brigadas de Jenin, que incluem membros das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e dos braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica, têm estado envolvidas em numerosos confrontos com as tropas israelitas nos últimos meses, devido às dezenas de operações lançadas contra Jenin e o seu campo de refugiados, o centro principal das operações armadas na Cisjordânia.

As autoridades da AP garantiram que estão a atuar em Jenin para acabar com o “caos”, embora tenham recebido críticas de várias fações armadas, que argumentam que estas operações beneficiam Israel e enfraquecem as ações armadas contra as forças de segurança israelitas.

Israel iniciou uma operação militar na Faixa de Gaza depois da invasão ao território israelita realizada pelo Hamas, em 07 de outubro de 2023, num ataque que causou a morte de cerca de 1.200 e mais de 240 mortos.

De acordo com as autoridades de saúde de Gaza, controladas pelo Hamas, mais de 44 mil pessoas já morreram no enclave palestiniano desde o início da guerra com Israel.


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