Açoriano Oriental
Mundial feminino
Guarda-redes portuguesas destacam competitividade saudável

As três guarda-redes presentes na seleção feminina portuguesa de futebol destacam a competição saudável pela titularidade na baliza da equipa das ‘quinas’ que existe entre elas, antes de uma inédita disputa de um Mundial.

Guarda-redes portuguesas destacam competitividade saudável

Autor: Lusa/AO Online

“É bom existir competitividade, é saudável. Todas queremos jogar, mas na baliza só há uma opção. Estamos a trabalhar dia após dia na nossa máxima força e, no Campeonato do Mundo, cabe ao selecionador definir quem está mais preparada”, salientou Patrícia Morais, a mais internacional das três guardiãs, com 82 internacionalizações totalizadas.

A guarda-redes do Sporting de Braga, de 31 anos, volta a ter a companhia, nos treinos, de Inês Pereira e Rute Costa, tal como aconteceu no Europeu do último ano, enquanto na primeira fase final de Portugal, em 2017, Jamila Martins estava no lugar da primeira.

“É uma boa relação, somos as três muito competitivas. Também muito diferentes, com semelhanças em algumas coisas, mas, no geral, somos guarda-redes diferentes. É bom poder trabalhar e evoluir com elas”, sublinhou, por seu lado, Inês Pereira, com 24 anos.

Já Rute Costa, que marcou presença em todas as fases finais de Portugal, mas sempre com o estatuto de suplente não utilizada, chega à preparação do Mundial na sequência de uma temporada muito positiva no campeão nacional Benfica, aos 29 anos de idade.

“É saudável a luta pela baliza. Dá-se no contexto de seleção e no contexto de clube, é algo que já estamos habituadas. No fundo, tentamos sempre fazer o trabalho a pensar no coletivo. As opções são do ‘professor’ [Francisco Neto] e nós respeitamos”, realçou.

Desafiadas a definirem-se em poucas palavras umas às outras, Patrícia Morais apontou o termo “equipa” para explicar o funcionamento do trio, ao passo que Inês Pereira, do Servette, da Suíça, falou em “solidárias e competitivas” e Rute Costa atirou “especiais”.

No entanto, ambas têm o denominador comum de não terem tido um ‘amor à primeira vista’ com as luvas e com a posição de guarda-redes, pois Patrícia Morais e Inês Pereira iniciaram os seus percursos mais à frente no terreno e Rute Costa apareceu do voleibol.

“Eu não gostava de ser guarda-redes. Ganhei amor às luvas numa chamada à seleção sub-19. Quando fui chamada, queria era jogar à frente, mas não tinha capacidade para tal e tive de me mentalizar que era à baliza. Nunca mais parei”, contou Patrícia Morais.

A história de Inês Pereira tem algumas semelhanças: “[A paixão pelo futebol] Começou desde muito cedo. O meu pai sempre foi apaixonado por futebol e transmitiu-me essa paixão. Comecei a jogar à frente um ano e, depois, decidi experimentar guarda-redes”.

“Foi totalmente acidental. Joguei voleibol durante sete anos e, depois, participei num torneio de futsal no verão. Acharam que tinha algum talento. Depois comecei a jogar futebol e pronto, aqui estou eu”, esclareceu, por seu turno, a guarda-redes Rute Costa.

A seleção feminina concentrou-se na passada segunda-feira na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde permanecerá até 10 de julho, dia em que viaja para a Nova Zelândia - que organiza o Mundial em conjunto com a Austrália -, após dois jogos de caráter particular.

A equipa nacional terá testes contra Inglaterra, no sábado, e Ucrânia, dia 07 de julho, de preparação para os três confrontos do Grupo E do Mundial, contra os Países Baixos, a 23 de julho, o Vietname, a 27 de julho, e os Estados Unidos, no dia 01 de agosto.


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