O general Valença Pinto foi convidado para fazer uma apresentação das Forças Armadas portuguesas na conferência de presidentes das comissões de Defesa dos Parlamentos dos Estados-membros da União Europeia (UE), do Parlamento Europeu e de países candidatos a decorrer em Lisboa.
A Lei de Programação Militar (LPM), plano a longo prazo de reequipamento das Forças Armadas, de 2006 a 2023, prevê um investimento de 55 mil milhões de euros, quantia que está concentrada para os primeiros 12 anos da lei.
"Novos e mais modernos recursos", ou equipamentos, são, disse Valença Pinto, "um dado 'sine qua non', indispensável para a criação de umas Forças Armadas que possam responder de modo cabal aos novos e muito complexos tipos de ameaça com que se confrontam Portugal e o Mundo".
Dado que a maior parte da verba da LPM se concentra para os primeiros 12 anos de vigência, o CEMGFA alertou que, "a curto prazo", será necessário definir mais investimento por parte do Estado.
"A curto prazo, o Governo terá que fazer uma ponderação mais completa do ciclo 2018-2023 [da LPM] e incluir mais algum conjunto de recursos financeiros", afirmou o general aos participantes no encontro em que está em debate a defesa europeia e a cooperação da UE com África.
O general Valença Pinto explicou a "grande mudança" do Exército nos últimos anos e enumerou depois os investimentos previstos na LPM nos próximos anos, incluindo os submarinos, as fragatas, novos blindados, o navio polivalente, renovação do armamento ligeiro ou, ainda, a compra de novos aviões de transporte da Força Aérea.
As Forças Armadas portuguesas têm hoje 49 mil homens e mulheres, 41 mil dos quais militares e oito mil civis.
O Exército é o maior dos três ramos, com 53 por cento dos efectivos, seguido da Marinha, com 28 por cento, e da Força Aérea, com os restantes 19 por cento.
Do total de 49 mil efectivos, as Forças Armadas têm hoje 12,4 por cento de mulheres.
Modernização das forças armadas
Governo terá de reforçar meios financeiros
O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, admitiu segunda-feira que o Governo terá de reforçar "a curto prazo" os meios financeiros para a modernização das Forças Armadas.
Autor: Lusa / AO online
