A taxa de juro das principais operações de refinanciamento passa de 0,50% para 1,25%, a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez de 0,75% para 1,50% e a taxa aplicada à facilidade permanente de depósito de 0% para 0,75%. Esta subida tem efeitos a partir de 14 de setembro.

Confrontada com este novo quadro resultante da decisão do BCE, Mariana Vieira da Silva salientou que se “confirma o momento de incerteza”.

“É mais um elemento desse momento de incerteza e que justifica a forma como o Governo semana a semana ter procurado avaliar as condições e os problemas que tem por resolver”, declarou a titular da pasta da Presidência em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.

Nesse sentido, de acordo com a ministra da Presidência, “o Governo tem apresentado propostas e avançado com medidas para responder”.

No que respeita especificamente aos esperados impactos negativos ao nível da área da habitação, sobretudo para as famílias com créditos à habitação, Mariana Vieira da Silva citou declarações recentes proferidas pelo ministro Pedro Nuno Santos.

“Como disse recentemente o ministro da Infraestruturas, [a subida dos juros] faz parte do processo que está a ser acompanhado. Da parte do Governo, há abertura para continuar a aprovar medidas para fazer face a uma situação difícil, de elevada incerteza, como não podia deixar de ser num momento em que existe uma guerra na Europa, com todas as suas consequências dos pontos de vista humano, social e económico”, acrescentou.