Freiras condenam “cultura de silêncio e segredo” de abusos sexuais na Igreja

A organização mundial de freiras católicas condenou no sábado a “cultura de silêncio e segredo” em torno do abuso sexual na Igreja Católica, apelando às religiosas para que denunciem os crimes à polícia e às suas superioras.



“Condenamos aqueles que apoiam uma cultura de silêncio e segredo, muitas vezes sob a aparência de ‘proteção’ à reputação de uma instituição ou considerando-a como parte de uma cultura”, lê-se numa posição da União Internacional das Superioras Gerais, que representa mais de 500 mil freiras mundialmente.

A declaração, divulgada na véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, é a primeira desta organização sediada em Roma desde que os escândalos de abusos sexuais de crianças por sacerdotes na Igreja Católica reemergiram este ano e desde que veio igualmente a público um escândalo de abuso de freiras por padres.

No início deste ano, a Associated Press noticiou que o Vaticano teve conhecimento durante décadas de assédios de padres a freiras.

“Pugnamos pela denúncia criminal e civil transparente de abusos, quer no seio de congregações religiosas, paróquias ou dioceses, ou em qualquer arena pública”, lê-se na declaração, que não especifica se os agressores são padres.

A posição da organização é mais vasta, condenando o que consideram ser o “padrão de abuso que é prevalente na Igreja e na sociedade atualmente”, referindo o abuso sexual, emocional e verbal como formas de maus-tratos que se alimentam de relações de poder desiguais e que degradam a dignidade de suas vítimas.

Para assinalar o dia que as Nações Unidas fixaram para apelar para o fim da violência contra as mulheres, o líder da conferência dos bispos italianos, cardeal Gualtiero Bassetti, divulgou uma mensagem em vídeo sobre o tema, sem referir a violência sexual contra religiosas por parte padres.


PUB

Premium

O setor da produção de carne de bovino continua a ganhar importância na economia da Região Autónoma dos Açores e o reflexo disso é o aumento da procura de bovinos para abate e expedição em vida. A falta de animais nos mercados nacionais e internacionais é uma janela de oportunidade que o setor e os produtores açorianos podem aproveitar no curto prazo para aumentar os seus rendimentos