
Florestas ontem e hoje: o Pinhal de D. Dinis

No âmbito das comemorações do dia 21 de março, Dia Internacional das Florestas, consideramos importante destacar o Pinhal de D. Dinis. Queremos relembrar a sua história, que remonta ao final do século XIII, em Leiria, e o seu valor, que atravessa o tempo até à atualidade, tendo em conta a degradação mundial do ambiente e a redução das áreas florestais.
Apesar de predominar a ideia de que o Pinhal de Leiria tinha sido mandado plantar por D. Dinis (1279-1325), foi o seu pai, D. Afonso III (1248-1279), o responsável pela sua plantação no século XIII. No entanto, há ainda quem acredite que D. Sancho II (1223-1248) foi o pioneiro deste projeto. Os motivos da sua criação prenderam-se com a tentativa de impedir o avanço e a deterioração das dunas, bem como proteger os terrenos agrícolas da sua degradação devido às areias transportadas pelo vento.
Na história do Pinhal de Leiria ocorreram três incêndios: o primeiro em 1824, que destruiu 5000 hectares; noventa e dois anos depois, um segundo incêndio mais pequeno que destruiu 150 hectares e, mais recentemente, em 2017, o terceiro e último incêndio que devastou 86% da área do pinhal, consagrando-se o mais destruidor. Em 2018, alegou-se que este grande incêndio fora causado por um grupo de madeireiros conhecidos como “Máfia do Pinhal”.
O Pinhal de D. Dinis foi muito importante para os Descobrimentos Marítimos, pois a madeira dos pinheiros era usada para a construção de embarcações. A resina destes pinheiros foi também usada para proteger as caravelas. Ainda existem os fornos utilizados no seu fabrico. Passados cinco anos do grande incêndio de 2017, infelizmente continuam a persistir graves problemas de reflorestação, de falta de limpeza do mato e de árvores queimadas, não esquecendo a multiplicação de espécies invasoras, tais como a acácia.
Mais notícias
Mais lidas
Notícias AO


