Autor: Lusa/AO online
Estas são as principais conclusões do estudo sobre a perceção que os europeus têm da floresta e da silvicultura que será apresentado na próxima semana, no Porto, durante o Seminário Internacional Floresta e Sociedade.
De acordo com este trabalho, o público dá agora mais importância a temas como o efeito das florestas no combate às alterações climáticas e a preservação da biodiversidade, em detrimento de assuntos como a utilização de madeira para bioenergia ou o uso de madeira como material renovável.
Uma informação da organização do seminário, promovido pela Forestis – Associação Florestal de Portugal, refere que "os europeus já não veem o estado e as funções das florestas europeias de forma isolada".
A nova forma como é encarada a floresta é uma consequência da atual comunicação global que analisa e divulga questões mundiais.
Descrições sobre desflorestação tropical e a sua relação com as mudanças climáticas, grandes incêndios florestais, extração ilegal de madeira, níveis de deterioração da biodiversidade ou extinção de espécies chegam a todo o mundo, independentemente do lugar onde ocorrem.
Quanto ao caso português, "a maioria da população desconhece, por exemplo, que só 3% da floresta nacional é pública e que mesmo os Parques Nacionais, como o da Peneda-Gerês, são compostos por terrenos privados e comunitários", refere o presidente da Forestis, Francisco Carvalho Guerra, citado no comunicado.
Os portugueses também não sabem que a floresta contribui para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e para 12% das exportações nacionais.
No seminário serão analisados temas como a importância dos recursos florestais para o desenvolvimento económico e para a criação de novos empregos, a organização e gestão florestal e as políticas europeias para o setor.
Entre os oradores convidados para o evento estão especialistas de organizações internacionais e da Comissão Europeia, os antigos ministros das Finanças Miguel Cadilhe, da Agricultura Arlindo Cunha e da Economia Luís Braga da Cruz, os presidentes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Paula Sarmento, e da Associação para a Competitividade das Indústrias das Fileiras Florestais, João Ferreira do Amaral.