Açoriano Oriental
Por entre suspiros, Pedro Nuno tenta cativar agricultores açorianos

Candidato do PS às Legislativas do dia 18 esteve em São Miguel numa ação de pré-campanha, onde garantiu que a República assumirá de forma permanente o pagamento do rateio do POSEI à lavoura açoriana, bem como a revisão do subsídio social de mobilidade

Por entre suspiros, Pedro Nuno tenta cativar agricultores açorianos

Autor: Nuno Martins Neves

Paula Roque não quis perder a oportunidade de ver o líder do PS ao vivo e a cores e ali tão à sua beira. Por detrás dos jornalistas que questionavam Pedro Nuno Santos, a micaelense esticou-se e soltou um “aiii”. O secretário-geral dos socialistas não viu, mas o suspiro não escapou ao candidato pelo círculo dos Açores, Francisco César, que esboçou um sorriso.

“É bonito, então não é!”, disse Paula ao Açoriano Oriental, depois de já ter trocado umas palavras - e um beijinho - com Pedro Nuno. O candidato do PS às Legislativas de 18 de maio esteve em São Miguel, um dia que começou na Feira Agrícola de Santana, passou por um almoço-comício na Fajã de Baixo e terminou em Rabo de Peixe, onde Carlos César também integrou a comitiva.

Paula - e o seu marido “nada invejoso” Roberto - foi uma das centenas de pessoas que aproveitaram o feriado para comprar os produtos agrícolas mais frescos e que além de umas couves e de umas laranjas, ainda levaram para casa uma garantia de Pedro Nuno Santos: com o PS no Governo, o pagamento dos rateios do POSEI aos agricultores açorianos  será permanente.

“O Governo da República assumiu que quer compensar o rateio apenas para 2025. Ora, o rateio nos apoios aos agricultores açorianos tem de ser garantido de forma permanente, e não de forma excecional em 2025. Temos de garantir que o apoio europeu chegue a todos os agricultores sem cortes”.

Sentindo o terreno fértil, o líder socialista lembrou ainda uma promessa não cumprida por Luís Montenegro: “Quando houve a crise inflacionista, foram dados apoios aos agricultores do continente. E na altura, Luís Montenegro disse que era inaceitável e que esses apoios tinham de chegar aos Açores. Ao fim de um ano, os apoios que Luís Montenegro tinha garantido que iam chegar aos agricultores açorianos, não chegou”.

Uma discriminação que começou...no Governo de António Costa, obrigando Pedro Nuno a distanciar-se: “Mas não é comigo: comigo, os agricultores açorianos são respeitados como agricultores de primeira”.

Das palavras, o candidato do PS às eleições do dia 18 passou à visita às bancas dos comerciantes: habitualmente concorridas, estavam ainda mais, por ser feriado, o que deixava a mobilidade da comitiva socialista  bastante dificultada.

E falando em mobilidade, Pedro Nuno também deixou a garantia que, ganhando as eleições, o subsídio social de mobilidade terá de ser revisto.

“Tem de apoiar os portugueses que vivem nas regiões autónomas. É uma questão muito importante, pois a mobilidade dentro do território nacional tem de ser assegurada e garantida para todos os cidadãos”, afirmou, depois de questionado se iria retirar o teto colocado pelo governo da AD na tarifa para os residentes nos Açores.

As solicitações ao candidato dos socialista foram se multiplicando, com Pedro Nuno a falar para os emigrantes: gravou uma mensagem para um canal que transmite para a diáspora na América do Norte e ainda entrou numa videochamada que uma açoriana estava a ter com os seus familiares, em Fall River (Estados Unidos) e Toronto (Canadá).

E foi aí que também aproveitou para “acabar com uma ilusão” vendida pelo Chega e por André Ventura aos agricultores açorianos: “Temos um líder político em Portugal que tem celebrado as tarifas dos EUA, que são boas para os agricultores portugueses e açorianos É bom que ninguém se iluda: no final do dia, vão penalizar o queijo açoriano que é exportado para os EUA”.


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