Açoriano Oriental
Empresários reivindicam obra em via de acesso a Parque Industrial da Chã do Rego D'Água

Meia centena de funcionários e empresários do Parque Industrial da Chã do Rego D'Água, na Lagoa, Açores, exigiram a asfaltagem de uma via de acesso, que ronda os 90 mil euros e está prometida há quase uma década.


Autor: Lusa/AO online


"Esta concentração tem a ver com o dizer basta a uma situação que já se prolonga há mais de oito ou nove anos, todos os dias nós vemos os nossos colaboradores, as nossas viaturas, a nossa mercadoria ser constantemente maltratada", disse o empresário Pedro Marques, um dos afetados e que participou na ação de protesto.

O porta-voz do Grupo Marques lembra que estão sedeadas no local "45 empresas" com mais de "400 trabalhadores" que, juntamente com clientes, "representam milhares de pessoas" a circularem naquele Parque Industrial, na ilha de São Miguel.

"São autênticas piscinas que se criam ali e buracos muito grandes que partem os carros, que partem a mercadoria, atrasam-nos as entregas, contaminam produtos porque há empresas da área alimentar que não podem passar ali e que são obrigadas a andar à volta e não pode ser", sublinha.

Pedro Marques diz que os empresários "já estão por tudo" e que esperam que a obra se concretize ainda este ano, lembrando que um conjunto de empresários "estão disponíveis para ajudar a resolver" o problema, até mesmo comparticipando com alguma verba.

"Não bastam apenas as promessas, as boas vontades, está na altura de tratar das adjudicações, das licenças e de avançar efetivamente com os trabalhos (...) Estamos a falar de uma extensão de 200 metros, estamos a falar de valores de 80/90 mil euros, portanto, nada de transcendente", lembrou.

O empresário Nuno Pereira, proprietário de uma empresa de aluguer de viaturas pesadas afirmou que "a situação se agrava no inverno" e que não faz sentido que o acesso continue assim quando se trata de uma obra de pouco impacto financeiro e quando a via alternativa não é opção.

"Indo pela estrada velha, voltamos ao mesmo, a estrada é estreita tem uma curva, já houve vários acidentes entre pesados e ligeiros porque os pesados ocupam mais de 60% da estrada e ocupam a outra faixa de rodagem", disse.

Para o empresário Messias Teves, proprietário de um grupo de empresas de carnes e enchidos, "trata-se de uma falta de respeito para com os empresários" quando se está a falar de uma obra de "tão pequena dimensão".

"Porque é que ainda não se fez uma reunião a três, ou seja, com a presidente da Câmara da Lagoa, o presidente da Câmara da Ribeira Grande e com o grupo de empresários que está a defender esta causa, no sentido de dar a cara e procurar resolver. Queremos é a dignidade que nós merecemos como empresas e empregadores que somos", disse.

Segundo os empresários, a obra estava prometida ser feita com a comparticipação das duas autarquias porque o Parque Industrial da Chã do Rego D'Água está situado no concelho da Lagoa e a via de acesso em causa no concelho vizinho, na Ribeira Grande.

"São pessoas conscientes que aqui estão, isto não tem qualquer cobertura política, sabemos que em altura de eleições tudo se promete e não é isso que nós queremos, agora que acabaram as eleições nós queremos datas, a hora é esta de mostrar as boas vontades", realçou Pedro Marques acerca do "timming" escolhido para este protesto.


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