Autor: Lusa/AO Online
“É crucial que, antes do final do ano, o Governo Regional dos Açores apresente medidas de apoio aos empresários dos Açores, criando mecanismos que protejam as empresas e que permitam salvaguardar postos de trabalho”, afirmou à agência Lusa a responsável no arquipélago pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Cláudia Chaves.
A empresária alertou para a situação “difícil”, marcada pela inflação e pelo aumento do custo de vida, e lembrou que a subida do salário mínimo a partir de 01 de janeiro de 2023 (que a nível nacional vai passar de 705 para 760 euros) vai “exigir ainda mais” das empresas.
“Estamos há três meses a insistir com o Governo dos Açores para apresentar novas medidas de apoio e ninguém se chega à frente. É desesperante para as microempresas. Temo que muitas, desta vez, vão optar pela insolvência em 2023", avisou.
Cláudia Chaves recordou que os meses de janeiro e fevereiro, “por tradição, já são meses muito maus” para a hotelaria e a restauração, considerando que as previsões para 2023 “não são nada animadoras”.
“Não sou catastrofista. Não faz parte da minha maneira de ser. Mas, desta vez, não estou mesmo a ver as coisas com bons olhos”, declarou.
A AHRESP/Açores dá o exemplo da abertura, na quarta-feira, de novas candidaturas ao programa Apoiar, lançadas pelo Turismo de Portugal, uma iniciativa da “maior relevância” para o tecido empresarial, mas que “não tem aplicação” nos Açores.
Na quarta-feira, o Turismo de Portugal anunciou um reforço de 70 milhões de euros para o programa Apoiar e a abertura das candidaturas até 22 de dezembro.