Autor: AO Online
Em nota de imprensa enviada às redações, o bispo D. Armando Esteve Domingues, diz que "partiu para o Pai, o Pastor incansável, homem de fé simples e coração aberto que dedicou a sua vida à construção de uma igreja mais próxima dos pobres, dos marginalizados e dos que sofrem", acrescentando que "a sua voz e os seus gestos foram, até ao fim, um clamor pela paz, pela justiça social e pelo cuidado com a criação".
O bispo dos Açores refere também "as periferias existenciais estiveram sempre no centro da sua atenção e de todos os documentos do seu pontificado desde a encíclia Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho) até à última carta Dilexit nos (Amou-nos), que nos convida a recuperar o que é mais importante e necessário, num mundo que sobrevive entre guerras, desequilíbrios socioeconómicos, consumismo e o uso anti-humano da tecnologia, que é o coração".
A diocese de Angra destaca a simplicidade que o Papa Francisco "nos ensinou todos os dias e que é a simplicidade de uma igreja sinodal que quer escutar, ouvir mais do que dizer ou impor. Corria-lhe nas veias a novidade do concílio Vaticano II, embora tendo sido o primeiro Papa que não participou presencialmente". Por isso, sonhava esta "igreja toda, Povo de Deus, todos discípulos de Cristo, todos com palavra, e todos missionários e evangelizadores. O diálogo inter-religioso e o diálogo ecuménico estiveram sempre no horizonte do Papa, nomeadamente na encíclica Fratelli Tutti (Todos Irmãos) ou nos sucessivos encontros que teve com líderes de outras religiões".
A diocese de Angra convida todos os fiéis dos Açores a "oferecerem orações pela sua alma, pedindo ao Senhor da vida que o acolha no Seu Reino de paz e luz".
Saliente-se que esta segunda-feira, pelas 19h00, na Sé de Angra, decorrerá uma missa de sufrágio.