Autor: Lusa/AO online
Afastado da avalanche de homenagens oriundas do mundo inteiro, o herói da luta contra o «apartheid», Prémio Nobel da Paz (1193) e chefe de Estado (1994-99) fez prova de uma capacidade de indignação intacta num encontro com um grupo de jornalistas na sua aldeia natal de Qunu.
«Há muitos ricos na África do Sul e eles podiam partilhar as suas riquezas com aqueles que não tiveram a sorte de sair da pobreza», disse.
«O nosso povo está à mercê da pobreza», lamentou Mandela, lutador infatigável pela dignidade humana, que se diz afortunado por ter chegado a esta idade. «Mas se forem pobres, terão poucas hipóteses de viver tanto tempo», sublinhou.
A África do Sul é a primeira potência económica, mas 43 por cento dos seus 48 milhões de habitantes vive abaixo do limiar da pobreza e as diferenças entre ricos e pobres não param de aumentar.
Desde o fim do «apartheid», o rendimento médio mensal de 10 por cento dos mais pobres passou de 857 randes (71,5 euros) em 1994 para 1.032 randes (86 euros) no ano passado, enquanto que o de 10 por cento dos mais ricos subiu de 68.000 para 98.000 randes (de 5.000 para 8.000 euros), de acordo com estatíticas governamentais publicadas quinta-feira.
Numa mensagem na rádio, Nelson Mandela afirmou sentir-se honrado pelas mensagens de aniversário que recebeu dirigidas a «um velho reformado, que já não tem poder, nem influência».
Hoje, festas, concertos e iniciativas diversas marcam o dia no país, nomeadamente um combate de boxa (um hobby do jovem Mandela). A família preparou uma pequena festa «surpresa» que assinala também os dez anos de casamento com Graça Machel, viúva do antigo presidente de Moçambique Samora Machel.
No sábado vão receber 500 convidados, entre os quais Thabo Mbeki, que sucedeu em 1999 a Mandela na presidência sul-africana, e Jacob Zuma, actual líder do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) e, nesta condição, provável sucessor de Mbeki em 2009.
«Há muitos ricos na África do Sul e eles podiam partilhar as suas riquezas com aqueles que não tiveram a sorte de sair da pobreza», disse.
«O nosso povo está à mercê da pobreza», lamentou Mandela, lutador infatigável pela dignidade humana, que se diz afortunado por ter chegado a esta idade. «Mas se forem pobres, terão poucas hipóteses de viver tanto tempo», sublinhou.
A África do Sul é a primeira potência económica, mas 43 por cento dos seus 48 milhões de habitantes vive abaixo do limiar da pobreza e as diferenças entre ricos e pobres não param de aumentar.
Desde o fim do «apartheid», o rendimento médio mensal de 10 por cento dos mais pobres passou de 857 randes (71,5 euros) em 1994 para 1.032 randes (86 euros) no ano passado, enquanto que o de 10 por cento dos mais ricos subiu de 68.000 para 98.000 randes (de 5.000 para 8.000 euros), de acordo com estatíticas governamentais publicadas quinta-feira.
Numa mensagem na rádio, Nelson Mandela afirmou sentir-se honrado pelas mensagens de aniversário que recebeu dirigidas a «um velho reformado, que já não tem poder, nem influência».
Hoje, festas, concertos e iniciativas diversas marcam o dia no país, nomeadamente um combate de boxa (um hobby do jovem Mandela). A família preparou uma pequena festa «surpresa» que assinala também os dez anos de casamento com Graça Machel, viúva do antigo presidente de Moçambique Samora Machel.
No sábado vão receber 500 convidados, entre os quais Thabo Mbeki, que sucedeu em 1999 a Mandela na presidência sul-africana, e Jacob Zuma, actual líder do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) e, nesta condição, provável sucessor de Mbeki em 2009.