Açoriano Oriental
Transportes
Crise tem favorecido o negócio nos táxis
A crise económica mundial também tem efeitos em Portugal, mas os membros da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) tem beneficiado com a falta de dinheiro nos bolsos dos portugueses.
Crise tem favorecido o negócio nos táxis

Autor: Lusa/AOonline
Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, disse à Agência Lusa que o negócio “melhorou um pouco” nos últimos três a quatro meses, “devido ao menor número de pessoas que utiliza o seu automóvel por causa à crise”.

    “Para já a crise não se tem feito sentir nos nossos associados e o negócio até tem aumentado. Quando há menos carros a circular as pessoas utilizam mais os transportes públicos e os táxis também”, explicou Florêncio Almeida.

    O responsável da ANTRAL sublinhou que o “gasóleo tem baixado de preço”, o que permitiu aos taxistas terem uma maior margem de lucro e “ganharem um pouco mais do que acontecia antes, quando os preços dos combustíveis estavam mais altos”.

    Os associados da ANTRAL tem visto assim o seu negócio melhorar, de acordo com o presidente da associação, que garantiu haver essa tendência nos últimos meses, apesar de não dispor de números que a sustentem.

    Opinião diferente tem a Federação Portuguesa do Táxi (FPT), cujo presidente, Carlos Ramos, disse à Lusa que a situação actual “está relativamente diferente da registada há, por exemplo, um mês atrás, quando os preços dos combustíveis estavam mais altos”.

    “Voltaram as dificuldades ao sector. Em termos económicos não há grande recuperação e a ligeira melhoria que se registou quando os combustíveis estavam mais altos, por as pessoas não utilizarem os carros particulares e recorrerem mais aos táxis, já inverteu”, explicou.

    Carlos Ramos diz que o negócio tem estado pior por dois factores: “primeiro, porque a procura não cresceu, segundo, porque os custos de produção estão sempre a aumentar”.

    Por isso, o dirigente considera que é urgente encontrar soluções que possam fazer com que o negócio melhore nos grandes centros urbanos, como Lisboa ou Porto, nomeadamente “através da paragem dos táxis um dia por semana”.

    “É necessário aproximar a oferta à procura. Isso implica uma dinâmica forte dos dirigentes para organizar os associados e convencê-los a parar um dia por semana, como acontece em Espanha, onde já se discute a paragem num segundo dia”, concluiu.
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