Autor: Lusa / AO online
“Se não existisse a greve que está em curso, no dia de hoje – até às 08:00 – teriam circulado 131 comboios”, afirmou a porta-voz da empresa, Ana Portela, segundo a qual os trabalhadores não estão a apresentar-se para cumprir os serviços mínimos.
Segundo a mesma fonte, havia 34 comboios de serviços mínimos decretados, tendo-se cumprido apenas dois, além de um internacional que não estava incluído nesta obrigação.
Toda a restante oferta esteve suprimida.
“Face a este cenário e uma vez que os trabalhadores não estão a apresentar-se para cumprir os comboios de serviços mínimos, é previsível que, pelo menos, nos serviços urbanos de Lisboa e Porto se mantenha a situação durante a manhã”, acrescentou a mesma fonte.
Ana Portela especificou que dos serviços efetuados e decretados pelo Tribunal Arbitral, circulou um comboio Intercidades e um regional: “Vamos ver se é possível realizar mais algum destes comboios ao longo do dia”.
Além destes, cumpriu-se a ligação internacional do Lusitânia Expresso, que não fazia parte do pacote de serviços mínimos.
Contactado pela Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ), António Medeiros, defendeu que não se justificam os serviços mínimos por se tratar de um dia feriado.
“Além disso, há transportes rodoviários alternativos. A menos que haja qualquer situação de emergência – e isso o sindicato está sempre disponível para assegurar – não há fundamentação de qualquer necessidade social e impreterível”, declarou.
António Medeiros indicou que a circulação tem estado “toda parada”, à exceção dos comboios conduzidos por dois trabalhadores que regressaram de fora da sede.
A paralisação de hoje vai ter efeitos ao longo da madrugada e manhã de domingo, devendo a situação ficar normalizada até ao meio-dia, de acordo com a mesma fonte.
A greve foi convocada por vários sindicatos para contestar as alterações ao Código do Trabalho, nomeadamente a redução de 50% no valor pago em dia feriado.