Autor: Lusa/AOonline
"A CGTP IN/Açores está pacientemente a aguardar a proposta final do Governo Regional para avaliar quais as melhorias que se vão refletir no dia a dia dos trabalhadores", disse o coordenador da CGTP-IN/Açores, João Decq Mota, em declarações à agência Lusa.
O dirigente sindical explicou que a CGTP "não deixou de referir", no seu parecer ao Conselho Económico e Social dos Açores sobre as antepropostas de Plano e Orçamento para 2022, que "pode haver uma coisa ou outra positiva em termos gerais" nos documentos, mas não naquilo que diz diretamente respeito e que tem a ver com a vida dos trabalhadores.
A CGTP-IN/Açores insiste, por exemplo, "no combate real à precariedade", tendo João Decq Mota alertado que já foi apresentado "por diversas vezes ao Governo Regional", de coligação PSD/CDS-PP/PPM, "a necessidade de um plano regional de combate à precaridade".
"Até agora não temos soluções. Aquilo que tem sido apresentado não é mais do que a continuidade das políticas que vinham a ser desenvolvidas pelo anterior Governo (do PS), ou seja, a criação de programas ocupacionais", sustentou, apontando para um "aumento da precariedade" na Região, incluindo "na administração pública".
Além disso, "estes são documentos que devem traduzir a recuperação económica e o desenvolvimento soberano da Região, complementar medidas de garantia das retribuições e do emprego e do investimento nos serviços públicos com a sua capacitação para a resposta necessária na atual situação e para o futuro", acrescentou.
O coordenador da CGTP-IN/Açores afirmou que "a grave situação social e económica da Região reclama a tomada de medidas urgentes", afirmando que "nesta fase é possível e fundamental a introdução de mudanças que traduzam a opção pela valorização do trabalho e dos trabalhadores".
De acordo com o “Plano Regional Anual 2022 – Anteproposta”, aprovado em Conselho de Governo em 30 de setembro e entregue aos parceiros sociais, prevê-se, em 2022, um aumento de 18 milhões de euros de investimento público, em comparação com 2021, com base nas contas feitas pela Lusa a partir dos dois documentos.
O Plano e Orçamento da região para 2022 deverão ser discutidos e votados no parlamento açoriano em novembro.