Açoriano Oriental
CDS questiona proveitos das Portas do Mar antes da realização de novos investimentos
O deputado do CDS-PP Açores Nuno Melo Alves questionou o Governo Regional sobre os "proveitos de exploração" do empreendimento das Portas do Mar, em Ponta Delgada, alegando que importa conhecer os resultados desta infraestrutura para poder definir-se a necessidade (ou não) de manter a intenção de concretização de investimentos semelhantes em outras ilhas.
CDS questiona proveitos das Portas do Mar antes da realização de novos investimentos

Autor: Açoriano Oriental

“Considerando o elevado custo total de construção da obra das ‘Portas do Mar’ e das infraestruturas envolventes importa saber qual o valor dos proveitos de exploração anuais das infraestruturas das ‘Portas do Mar’, separados por agregados económicos, incluindo as rendas e alugueres dos espaços comerciais e das zonas para eventos, bem como de estruturas conexas que consolidem nos resultados desta unidade económica, concorrendo para o apuramento do EBITDA (resultado antes de impostos, juros e amortizações)?”. O parlamentar popular questiona ainda “qual o valor dos custos que contribuíram para a formação dos proveitos referidos na pergunta anterior e para o apuramento do EBITDA?”. 

Em causa, segundo Nuno Melo Alves, está “a aposta que o Governo Regional dos Açores pretende fazer no segmento de turismo de cruzeiros na Região”, tendo “anunciado a intenção de fazer mais alguns investimentos semelhantes em outros portos de outras ilhas dos Açores”. Assim, como forma de melhor decidir da pertinência de novos e/ou futuros investimentos públicos em cais de cruzeiros, o Deputado do CDS-PP pergunta sobre “quais os proveitos adicionais incluídos na formação do EBIT (resultado antes de impostos)?”; “Quais os custos adicionais incluídos na formação do EBIT?”; “Qual o valor dos custos de amortização incluídos no apuro dos resultados da anterior?”; “Qual o valor dos proveitos financeiros incluídos no apuro dos proveitos adicionais?” e “Qual o valor dos custos financeiros incluídos no apuro dos proveitos adicionais?”.

Nuno Melo Alves lembra alguns indicadores estatísticos para justificar a necessidade de se ponderarem muito bem os investimentos no setor do turismo, nomeadamente o encerramento de unidades hoteleiras em várias ilhas, a quebra nas dormidas (só em 2012, a redução foi de 7,5%), a descida na duração média da estadia e, no fim da cadeia, as quebras nos proveitos que (só neste último ano) foram cerca de 10%.

“O turismo nos Açores atravessa efetivamente um mau momento, fruto de más políticas que falham ao nível do desenvolvimento harmonioso e equilibrado das ilhas dos Açores. É verdade que a conjuntura nacional e internacional penaliza o turismo nos Açores, como aliás penaliza todas as atividades económicas. Porém, o problema do turismo nos Açores tem origem em questões estruturais e não apenas ou meramente conjunturais”, disse.

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