Açores/Eleições

CDS quer programa regional de rastreio à covid-19 na comunidade educativa

O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, defendeu a aplicação de um programa de rastreio à covid-19 no sistema educativo regional, a decorrer ao longo do ano letivo, e a aquisição de mais de 200 mil testes.



No final de uma visita à Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, o também cabeça de lista pelos círculos da Terceira e da compensação nas eleições regionais de dia 25 sublinhou que esta é uma medida de “segurança importantíssima” que deve ser aplicada.

“Se o Governo [Regional] não a aplicar, essa será a primeira proposta do CDS, a nível da educação: propor a aquisição de 200 ou 250 mil testes de maneira a implementar o programa de rastreabilidade o ano todo, com os critérios de especialistas de Saúde Pública”, afirmou Artur Lima, referindo-se aos testes antigénio, que existem a um “preço acessível” e que “detetam com elevada precisão” o novo coronavírus.

Em 22 de setembro, o Governo dos Açores anunciou a aquisição de 100 mil testes rápidos para aplicar, por exemplo, em escolas e lares. Questionado sobre se aquele número é insuficiente, o candidato respondeu: “A comunidade educativa neste momento são 50 mil [pessoas]”.

“Mas, se queremos segurança, deve ser também [aplicada] a quem nos visita. Se queremos que a economia dos Açores fique segura também será rastreabilidade rápida, eficiente e a bom preço. A saúde tem um custo, mas não tem preço”, disse.

Durante a visita a este estabelecimento de ensino, o líder regional do CDS ouviu as queixas do conselho executivo relativamente à falta de professores e à dificuldade em proceder a substituições. “Regredimos 30 anos”, afirmou no momento Artur Lima.

“Há 30 anos tínhamos professores sem habilitação própria. Receio que é o que vai acontecer no futuro”, acrescentou, nas declarações aos jornalistas, acompanhado pelo cabeça de lista do partido pelo círculo de São Miguel, Nuno Gomes, que também visitou o antigo Liceu de Ponta Delgada.

O candidato alertou para o envelhecimento do corpo docente na ilha de São Miguel, questão também abordada pelo conselho executivo, defendendo “mais incentivos à fixação de docentes” e a redução da carga burocrática da função.

“Precisamos de concentrar os professores da sua missão: ensinar. Por forma a tirarmos os Açores do fim dos ‘rankings’ da educação do nosso país. A educação é uma ferramenta fundamental para combater a pobreza e as assimetrias na ilha de São Miguel”, acrescentou Nuno Gomes.

Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.


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