Autor: Lusa/AO online
José Mestre Jacinto, de 46 anos, disse que tinha casamento marcado para 3 de dezembro com uma açoriana, mas teve de adiar o matrimónio porque o Hospital da Horta alega não ter capacidade para acolher o paciente durante a sua deslocação à ilha.
"Não entendo o motivo de recusa do hospital", lamenta o doente, que considera ter "direito" a fazer uma "vida normal como qualquer outro cidadão", já que efetuou o pedido para a realização temporária das sessões de hemodiálise "com a devida antecedência".
José lembra que "já basta depender de tratamentos para viver" e que não faz sentido que a recusa daquela unidade de saúde comprometa a sua deslocação aos Açores e, pior do que isso, a concretização do seu casamento, que quer realizar na terra da noiva, como manda a tradição.
"É com grande angústia que me aproximo da data da viagem marcada sem qualquer resolução para o meu caso", adianta José Mestre Jacinto, que teme ter de adiar de novo o casamento, agora previsto para 10 de dezembro.
O paciente já apresentou, entretanto, uma reclamação ao provedor de Saúde nos Açores a explicar o caso e aguarda por uma resposta aos seus pedidos de esclarecimento.
A direção clínica do Hospital da Horta recusou os tratamentos no período requerido pelo utente (1 de dezembro de 2012 a 1 de janeiro de 2013), com o argumento de não ter disponibilidade nestas datas para aceitar o doente.
Fonte da unidade de saúde disse que o hospital "não tem capacidade" para acolher mais doentes nos atuais turnos de funcionamento da Unidade de Hemodiálise, pelo que a entrada, mesmo que provisória, de apenas mais um paciente obrigaria a "criar mais um turno".
A Unidade de Hemodiálise do Hospital da Horta garante atualmente o acompanhamento de 20 doentes (12 em hemodiálise e oito em diálise peritoneal).
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