Autor: Lusa/AO Online
Segundo José Toste, coordenador dos produtos turísticos do arquipélago do Turismo dos Açores, os participantes na bienal defenderam a criação de “novas áreas de reservas marinhas através de processos participativos de todo o setor” e a “melhoria dos mecanismos de monitorização e de controlo das intervenções que são feitas no mar”. "Trabalhar códigos de conduta específicos para cada tipo de mergulho", implementar "mais mecanismos de reporte estatístico que permita apoiar a tomada de decisões estratégicas para o setor" e "trabalhar a formação e a qualificação dos profissionais marítimo-turísticos" foram outras das conclusões do encontro. O potencial do mergulho “está a aumentar de ano para ano nos Açores”, reconheceu José Toste, da Associação Turismo dos Açores, que organizou, na Graciosa, a bienal em parceria com a Associação Graciosense de Promoção de Eventos – AGRAPROME. José Toste frisou que nos dois últimos anos se assistiu "a uma grande evolução na procura dos Açores como destino de mergulho", especialmente no segmento especializado, o caso do "mergulho com tubarões e jamantas". Relativamente ao mergulho recreativo, defendeu a necessidade de "trabalhar mais está área", associando, "eventualmente, outras temáticas", como "a arqueologia e a parte desportiva, através dos campeonatos de fotografia subaquática". “Verifica-se que os Açores têm cada vez mais condições necessárias para apostar no mergulho como produto turístico", frisou, indicando que um estudo, "ainda em fase de conclusão", mas apresentado na bienal, e que foi desenvolvido pelo Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores, aponta para "receitas, na região, em 2013, provenientes do mergulho, de cerca de cinco milhões de euros". José Toste destacou, também, que nos dois últimos anos a promoção “melhorou muito”, o que contribuiu para "aumentar a procura dos Açores". Nesta Bienal de Turismo Subaquático dos Açores estiveram em análise temas como o turismo e mergulho, empreendedorismo e qualidade associados ao mergulho, o mergulho como atividade sustentável e ambiente, saúde e segurança no mergulho, além de aspetos técnicos relacionados com esta atividade. De acordo com José Toste, esta foi a edição “mais participativa de sempre”, com presenças de diferentes áreas do setor "desde agentes de viagens, centros de mergulho, clubes navais, operadores marítimo-turísticos, associações de mergulho e profissionais da saúde relacionados com a área do mergulho". Durante a bienal esteve patente uma exposição fotográfica de Nuno Sá.