Assembleia Legislativa dos Açores

BE questiona opção do governo regional pela construção de duas incineradoras

O BE/Açores defendeu a necessidade de se reabrir a discussão sobre o tratamento de resíduos no arquipélago, questionando a opção do governo regional pela construção de duas incineradoras, em S. Miguel e na Terceira.


“É uma opção que levanta muitas dúvidas no que respeita à sua sustentabilidade económica, receios relativos às implicações para a saúde e para o ambiente e também para os inevitáveis impactos negativos para a imagem de uma região que procura ser um exemplo na gestão ambiental sustentável”, afirmou José Cascalho, numa declaração política na Assembleia Legislativa Regional.

O deputado regional do BE/Açores alertou para o “aumento do risco para a saúde”, nomeadamente os que resultam da “libertação de nanopartículas, que se depositam nos pulmões”.

Por outro lado, José Cascalho salientou que o executivo regional “comete imprecisões inadmissíveis, como seja considerar a energia produzida no processo de incineração como energia renovável”.

Para o BE/Açores, é necessário “reiniciar uma discussão pública aberta, exigente e verdadeiramente democrática sobre as opções a tomar sobre a melhor forma de gestão de resíduos nos Açores”.

“Não nos parece razoável que se opte pela construção de duas incineradoras, como se fossem duas centrais de produção de energia, cujos planos de construção e gestão são decididos dentro de um gabinete de um secretário regional”, frisou José Cascalho.

Na resposta, o secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, considerou que o BE assenta a sua posição em “pressupostos errados e completamente desfasados” do projeto que está a ser executado no arquipélago.

Álamo Meneses salientou que a incineração “não tem nada a ver” atualmente com a imagem de uma “chaminé a deitar fumo negro”.

Por outro lado, assegurou que apenas serão incinerados os resíduos que não puderem ser tratados nas centrais de gestão que existem ou estão em construção em todas as ilhas açorianas.
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