Açoriano Oriental
Banco Alimentar converteu 11.900 toneladas de papel em 1,2 toneladas de alimentos
A campanha "Papel por alimentos" recolheu, em quatro anos, perto de 11.900 toneladas de papel, que permitiram comprar mais de 1,2 toneladas de alimentos para distribuir por famílias carenciadas, revelam dados do Banco Alimentares Contra a Fome.
Banco Alimentar converteu 11.900 toneladas de papel em 1,2 toneladas de alimentos

Autor: Lusa/AO Online

 

Os números avançados à agência Lusa pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, a propósito dos quatro anos da campanha, indicam que, entre janeiro de 2012 e junho de 2015, foram recolhidas 11.836 toneladas de papel que foram convertidas em 1.210.951 quilos de produtos alimentares básicos.

“Ainda hoje me impressiono com os resultados da campanha”, que todos os anos recolhe, em média, cerca de três toneladas de papel, “o que é muito incentivador e mobilizador para o nosso trabalho”, disse à agência Lusa o secretário-geral da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, Manuel Paisana.

O papel recolhido permitiu comprar mais de 610 mil litros de leite, cerca de 53 mil litros de azeite, 249 mil quilos de arroz, quase 118 mil litros de óleo, 113 mil quilos de salsinhas e cerca de 48 mil quilos de atum que completaram os cabazes que os bancos alimentares entregam às instituições com produtos não perecíveis.

Manuel Paisana contou que a campanha começou numa véspera de Natal, em 2012, “num contexto social e económico difícil, em que foi necessário encontrar formas solidárias e criativas de novas respostas para maior apoio dos bancos alimentares às crescentes dificuldades dos portugueses”.

A campanha Papel por Alimentos liga uma componente ambiental a um objetivo solidário, apelando à doação seletiva de papel para reciclagem, que os bancos alimentares convertem em alimentos para distribuírem aos mais necessitados.

“É uma oportunidade para que todos possam assumir um papel importante e essencial na luta contra a fome, contra o desperdício, e evitando também a destruição de floresta”, disse Manuel Paisana, sublinhando que é uma campanha transversal a todos os estratos sociais e setores de atividade.

Nas escolas, esta campanha “incentiva a mudança de mentalidades e de hábitos, educa para o desenvolvimento sustentável e, nesse aspeto, é muito mobilizadora”, salientou o responsável.

O Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa foi o que recolheu mais papel (2.669.674 quilos), seguido do Algarve (1.748.926 quilos), do Porto (1.182.503 quilos) e de Setúbal (1.027.508 quilos).

Os 21 bancos alimentares do país apoiam 2.600 instituições de solidariedade, que ajudam 425 mil pessoas, sob a forma de cabazes de alimentos ou refeições confecionadas.

 

 

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