Autor: Lusa/AO Online
O anúncio foi feito pelo diretor clínico do governo australiano, Paul Kelly, e vem abrir portas à mobilização de recursos para combater a doença nas áreas mais afetadas, bem como à implementação de medidas para controlar o vírus.
Num comunicado, Kelly referiu que a varíola dos macacos “é muito menos prejudicial do que a covid-19 e que nenhuma morte foi registada durante o atual surto, fora dos países onde o vírus é endémico”.
Até ao momento, contabilizaram-se no mundo mais de 18 mil casos de varíola dos macacos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Espanha é o país com mais casos (3.595, um quinto do total), seguindo-se Estados Unidos (2.881), Alemanha (2.410), Reino Unido (2.208) e França (1.567).
Em Portugal foram confirmadas 588 infeções.
Cerca de 70% dos casos concentram-se na Europa e 25% no continente americano: o Brasil registou até à data 696 casos, o Canadá 681, o Peru tem 203 e o México 59.
Cinco pessoas morreram da doença (todas em África) e cerca de 10% dos casos exigem internamento hospitalar para tentar aliviar a dor dos pacientes.
A OMS recomendou na quarta-feira aos homens que praticam sexo com outros homens que reduzam o número de parceiros sexuais.
O diretor da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, durante uma conferência de imprensa realizada em Genebra, na Suíça, que a melhor maneira de se protegerem é “reduzir o risco de exposição à doença”.
Para
os homens que fazem sexo com homens, isso também significa, de momento,
reduzir o número dos parceiros sexuais e trocar informações com
qualquer novo parceiro para poder contactá-los em caso de aparecimento
de sintomas, para que se possam isolar, explicou Tedros Ghebreyesus,
após a OMS ter declarado no sábado a doença como uma emergência de saúde
pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta.