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Monkeypox
Austrália declara vírus "doença transmissível de importância nacional”

As autoridades de saúde australianas declararam a varíola dos macacos uma "doença transmissível de importância nacional", depois de registar 44 infeções no país, na maioria em pessoas que regressaram do exterior.

Austrália declara vírus "doença transmissível de importância nacional”

Autor: Lusa/AO Online

O anúncio foi feito pelo diretor clínico do governo australiano, Paul Kelly, e vem abrir portas à mobilização de recursos para combater a doença nas áreas mais afetadas, bem como à implementação de medidas para controlar o vírus.

Num comunicado, Kelly referiu que a varíola dos macacos “é muito menos prejudicial do que a covid-19 e que nenhuma morte foi registada durante o atual surto, fora dos países onde o vírus é endémico”.

Até ao momento, contabilizaram-se no mundo mais de 18 mil casos de varíola dos macacos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Espanha é o país com mais casos (3.595, um quinto do total), seguindo-se Estados Unidos (2.881), Alemanha (2.410), Reino Unido (2.208) e França (1.567).

Em Portugal foram confirmadas 588 infeções.

Cerca de 70% dos casos concentram-se na Europa e 25% no continente americano: o Brasil registou até à data 696 casos, o Canadá 681, o Peru tem 203 e o México 59.

Cinco pessoas morreram da doença (todas em África) e cerca de 10% dos casos exigem internamento hospitalar para tentar aliviar a dor dos pacientes.

A OMS recomendou na quarta-feira aos homens que praticam sexo com outros homens que reduzam o número de parceiros sexuais.

O diretor da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, durante uma conferência de imprensa realizada em Genebra, na Suíça, que a melhor maneira de se protegerem é “reduzir o risco de exposição à doença”.

Para os homens que fazem sexo com homens, isso também significa, de momento, reduzir o número dos parceiros sexuais e trocar informações com qualquer novo parceiro para poder contactá-los em caso de aparecimento de sintomas, para que se possam isolar, explicou Tedros Ghebreyesus, após a OMS ter declarado no sábado a doença como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta.

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