Açoriano Oriental
Covid-19
Associação diz que setor imobiliário foi “esquecido” nos apoios

A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) lamenta que o setor imobiliário tenha sido “esquecido” das medidas de apoio ao impacto do surto de covid-19, depois de em 2019 ter crescido 2%.

Associação diz que setor imobiliário foi “esquecido” nos apoios

Autor: Lusa/AO Online

De acordo com os dados recolhidos pelo gabinete de estudos da APEMIP, “em 2019 transacionaram-se 181.478 alojamentos familiares, mais 2.787 do que em 2018, o que representa um aumento de 2% face ao ano anterior”, lê-se num comunicado, hoje divulgado pela associação.

Em valor, a evolução foi de 25,6 mil milhões de euros, um aumento de 6,3% comparativamente com o ano de 2018, adiantou a APEMIP.

No quarto trimestre do ano passado, a entidade “contabilizou um total de 49.232 vendas de casas, registando um incremento de 7,4% face ao terceiro trimestre do ano, e um crescimento homólogo de 6,1%, fixando-se como o melhor desde que há registo”.

Apesar destes números, 2020 não se adivinha fácil, tendo em conta a pandemia de covid-19.

O presidente da APEMIP, Luís Lima, citado na mesma nota, indicou que “não é compreensível que um setor que encaixa um valor de investimento tão avultado para o país seja completamente esquecido pelo Governo quando se trata de atribuir medidas excecionais de apoio no seguimento da pandemia de covid-19”.

Segundo o mesmo dirigente associativo, “neste momento, não há concretização de negócios por dois motivos: as escrituras que estavam previstas foram adiadas, e não há visitas a imóveis”.

“A quebra de faturação das imobiliárias é brutal, e não há uma solução efetiva”, salienta.

De acordo com Luís Lima, “seria expectável que o Governo reconhecesse as dificuldades que agora surgem e preparasse medidas de apoio específicas para estas empresas, das quais dependem cerca de 40 mil pessoas. A Linha de Crédito de 200 milhões de euros [anunciada pelo Governo] é insuficiente para a quantidade de setores que a ela necessitarão de recorrer”, garante.

O presidente da APEMIP sublinha ainda “a quantidade de questões burocráticas a que as empresas têm que responder para aceder a este financiamento, e que impedem a agilização que agora seria necessária”.


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