Autor: Rui Jorge Cabral
Nesta exposição, os artistas Berru, Francisco Lacerda, João Ferreira,
Tito Mouraz, Vincent Moon & Priscilla Telmon respondem ao desafio
lançado pelo festival Tremor: pensar e representar a identidade
açoriana.
O circuito expositivo pretende assim contribuir para uma reflexão em torno dos conceitos associados ao território e será composto por trabalhos que tocam o som, a fotografia, o cinema e a instalação.
Segundo
os curadores, “Epicentro: Milagre” não cabe nos limites do que
conhecemos das leis naturais, deslizando, por isso, para a fé, a crença,
o delírio, a imaginação sobre a criação e destruição da natureza e da
cultura, o espantoso divino, tremor, terror e o “seja o que deus
quiser”.
A exposição olha a forma como a especificidade da ilha molda uma identidade cultural, a açorianidade à imagem de Vitorino Nemésio, apresentando artistas cujas obras e pesquisas incorporam o documental, o ficcional, a fantasmagoria ou o convite à imersão.
“São
olhares de dentro e de fora, os que agora tomam de ataque o
Arquipélago, como epicentro expositivo. Exploram as suas dimensões de
criação e apresentação artística, contribuindo para a reflexão e
confusão sobre o que achamos que sabemos da ilha onde temos pés e criam
um conjunto incompleto de milagres dos Açores que renova e expande um
acervo de arte contemporânea”, assinala um comunicado divulgado.
A exposição que agora abre portas ao público, ficará patente até 10 de janeiro de 2021.