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Economia
Aposta nos PPR vai continuar apesar do corte nos benefícios fiscais
Os portugueses vão continuar a investir nos Planos Poupança Reforma (PPR) como complemento do sistema de Segurança Social, considera Diogo Santos Teixeira, administrador da Optimize, que minimiza os efeitos da redução dos benefícios fiscais prevista no OE2011.
Aposta nos PPR vai continuar apesar do corte nos benefícios fiscais

Autor: Lusa/AO online
"O primeiro que tem que poupar hoje, infelizmente, é o Estado, que cortou nos benefícios fiscais dos PPR, porque, apesar de ser um pouco contraprodutivo enquanto incentivo à poupança dos portugueses, tinha que o fazer. Agora, em termos de impacto sobre os PPR, vejo isso como um efeito positivo", disse à agência Lusa o especialista.

Segundo Santos Teixeira, "os PPR estavam a ser desnaturados na forma como eram encarados pelos portugueses como sendo um produto apenas interessante do ponto de vista da fiscalidade sobre as entregas, pelo que deixavam de olhar o produto pelas suas características próprias, de rendibilidade, de quem está a gerir e de como é gerido".

Este é o último ano em que é possível deduzir 20 por cento dos valores investidos nestes produtos com um teto máximo de 400 euros, já que a partir do próximo ano, ao abrigo do Orçamento do Estado para 2011, o benefício máximo vai descer para 100 euros, e o administrador da Optimize (gestora de fundos de investimento especializada em PPR) sublinhou que "retirando o benefício à entrada, o PPR vai ter que ser comparado com os outros produtos de poupança mais equiparáveis" à venda no mercado.

"O principal benefício continua agarrado aos PPR, que depois de oito anos, podem ser resgatados com a mais-valia a ser tributada em 8 por cento contra os 21 por cento dos outros produtos, o que é uma vantagem extremamente importante", sublinhou.
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