Autor: Lusa/AO Online
A sessão solene tem início previsto para as 08:00 TMG (mesma hora em Lisboa) e o executivo CDU-CSU-SPD deverá ser aprovado sem problemas no Bundestag, onde a grande coligação detém 504 dos 631 assentos.
Merkel, líder da União Democrata-Cristã (CDU), assinou na segunda-feira com os líderes da União Social-Cristã da Baviera (CSU), Horst Seehofer, e do Partido Social-Democrata (SPD), Sigmar Gabriel, o acordo de coligação alcançado no final de novembro.
No novo governo, a CDU ficou com cinco pastas, mais a chancelaria, o SPD com seis e a CSU com três.
Na composição do executivo destaca-se a continuação de Wolfgang Schaeuble nas Finanças. A CDU ficou também com a Defesa, ocupada pela primeira vez por uma mulher (Ursula Von der Leyen), Interior (Thomas de Maizière), Saúde (Hermann Grohe) e Educação (Joanna Wanka).
O líder do SPD, Sigmar Gabriel, fica como vice-chanceler e ministro da Economia e da Energia, e o partido vai também controlar os Negócios Estrangeiros (Frank Walter Steinmeier), Trabalho (Andrea Nahles), Ambiente (Barbara Hendricks), Justiça (Heiko Maas) e Família (Manuela Schwesig).
Entre as novidades estão a entrada para a secretaria de Estado do Trabalho de Joerg Asmussen, membro alemão do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), e da primeira mulher de origem turca num governo alemão, Aydan Oezuguz, para secretária de Estado das Migrações, Refugiados e Integração.
Os ministros da CSU são Alexandre Dobrindt, nos Transportes e Infraestrutura digital, Hans-Peter Friedrich, na Agricultura, e Gerd Mueller, na Cooperação Económica e Desenvolvimento.
A CDU obteve uma clara vitória nas eleições gerais de 22 de setembro, com 41,5%, mas não conseguiu a maioria, e o seu anterior aliado no governo, o Partido Liberal (FDP), não elegeu nenhum deputado.
A CDU iniciou então negociações para uma grande coligação com o SPD, que obteve naquelas eleições o seu pior resultado eleitoral (25,7%), alcançando um acordo no final de novembro. A CDU e a CSU seguiram o procedimento habitual de o submeter a um mini-congresso, mas o SPD consultou os militantes, 75,9% dos quais disseram “sim” ao pacto.