Açoriano Oriental
Trotinetes estão a conquistar cada vez mais utilizadores

Maior facilidade de deslocação dentro da cidade, poupança no estacionamento e até a proteção do ambiente são os fatores que levam cada vez mais micaelenses a optar pela trotinete


Autor: Ana Carvalho Melo

As trotinetes parecem ser cada vez utilizadas por mais micaelenses, uma opção que se deve à facilidade de deslocação e estacionamento, conjugada com a economia.

Para Diogo Amaral, que utiliza a trotinete desde abril deste ano, esta foi a forma que encontrou para realizar o trajeto entre o parque de estacionamento onde deixa o seu carro e seu local de trabalho.

“Eu sou de Água de Pau e trabalho em Ponta Delgada, e paro o carro nos parques onde não se paga parquímetro e depois vou de trotinete até ao meu trabalho”, contou, salientando que desta forma não apenas poupa o valor do estacionamento, como realiza mais rapidamente o trajeto até ao local onde trabalha.

Também Jorge Macedo é desde há dois anos um adepto desta nova mobilidade.

“Encontrei na trotinete o meio de transporte ideal para poupar tempo à hora de almoço no Pesqueiro, nas Portas do Mar”, contou, explicando que com a trotinete poupa tempo na realização do percurso entre o local de trabalho e as Portas do Mar , uma vez que não precisa de procurar, nem pagar estacionamento, dado que no Pesqueiro tem um espaço para deixar a trotinete.

Por outro lado, Jorge Macedo realça o facto de as trotinetes estarem inseridas na mobilidade elétrica, contribuindo para a preservação do ambiente diminuindo a pegada de carbono.

Enquanto utilizadores de trotinetes, ambos revelam que ao circularem na estrada por vezes  os automobilistas  não são muito pacientes.

“Há condutores mais conscienciosos que se afastam mais e outros que não se afastam tanto, mas nunca tive nenhum problema”, conta Jorge Macedo.

Questionada pelo Açoriano Oriental sobre se tem registado infrações no uso de trotinetes, a PSP remeteu a resposta para aquando da divulgação pública dos dados estatísticos concernentes à sinistralidade e infrações rodoviárias.

No entanto, a PSP realça que o uso de trotinetes, à semelhança de outros veículos que circulam na via pública, constitui-se como alvo de fiscalização assídua por parte da Polícia de Segurança Pública, explicando que o objetivo é “promover uma maior segurança rodoviária e mitigar ao máximo incumprimentos ao direito estradal”.

Acrescenta ainda que quando é detetada uma  infrações a PSP procede à respetiva autuação, no âmbito do Código da Estrada.

Nesse sentido realça a importância de  “consciencializar os utilizadores de trotinetes e velocípedes para o integral cumprimento do direito estradal, através da circulação do lado direito da via, respeitando a sinalização horizontal e vertical, incluindo o respeito pelos demais utilizadores da via pública”.

Assim como os restantes condutores de modo a que tenham  “a perceção que os velocípedes e trotinetas a motor são veículos aos quais são reservados os mesmos direitos e deveres de utilização das vias, devendo estar consciencializados que os utilizadores deste tipo de veículos são utilizadores mais vulneráveis”.

Quanto às regras do código de estrada a cumprir pelos utilizadores de trotinetes a PSP realça que estas diferem conforme a trotinete esteja ou não equipada com motor.
Assim explica que o trânsito de pessoas utilizando trotinetes sem motor é equiparado ao trânsito de peões pelo que devem, estas, obedecer às regras da circulação pedonal. “Sem prejuízo, sempre que existam pistas destinadas a velocípedes, estas devem ser utilizadas pelos utilizadores de trotinetes”, frisa.

Já as trotinetes com motor são equiparadas a velocípedes (de acordo com o previsto no Artigo 112.º do CE) pelo que os seus utilizadores devem obedecer às regras destinadas àquele tipo de veículo.

Relembra ainda que, à exceção dos condutores de velocípedes com idade igual ou inferior a dez anos que são equiparados a peões, “a condução de velocípedes obedece às regras constantes do Código da Estrada aplicáveis aos restantes veículos”. E acrescenta que com algumas especificidades, como é o caso da circulação em rotundas ou a diminuição, para metade, do montante de determinadas coimas, a generalidade deve cumprir todas as regras do direito estradal.

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