Açoriano Oriental
EURO2009
"Triplo" de Miranda garante permanência entre os "grandes"
Um “triplo” de Miguel Miranda, a cinco segundos do final, garantiu hoje à selecção portuguesa de basquetebol uma dramática vitória caseira sobre a Letónia (93-92), em Paredes, e a manutenção entre os “grandes” da Europa
"Triplo" de Miranda garante permanência entre os "grandes"

Autor: Lusa/AO online
No palco onde há dois anos e quatro dias garantiu o histórico apuramento para o Euro2007, Portugal, com um “super” José Costa (29 pontos) e 19 “triplos” convertidos, não selou um lugar no Euro2009, mas ainda pode sonhar com ele, pois vai lutar com mais cinco selecções, em Agosto de 2009, pela 16ª e última vaga.
Certo, para já, é que a formação das “quinas” assegurou a permanência na divisão A do basquetebol do “velho continente”, o que chegou a parecer impossível, depois de uma desastrada entrada na fase de qualificação, com desaires nos primeiros três jogos do Grupo B.
Após uma marcante derrota caseira com a Estónia (70-79) e desaires muito pesados em Skopje (48-85) e Riga (43-79), o “cinco” comandado pelo espanhol Moncho Lopez soube, no entanto, reagir e somou hoje o terceiro triunfo consecutivo.
A formação das “quinas” já tinha ganho em Talin (60-54), na recepção à Macedónia (81-71) e, no talismã Pavilhão da Rota dos Móveis, voltou a vencer, desta vez de forma dramática, num jogo que dominou quase sempre, mas que, depois, chegou a parecer perdido.
Portugal liderava no final do primeiro período (23-18) e ao intervalo (51-45) e com 1.40 minutos para jogar no terceiro período ainda comandava por 11 (70-59), mas, então, os letões lograram dar a volta ao encontro e pareciam destinados a vencer.
A Letónia vencia por cinco pontos (79-84) a 2.11 minutos do fim, mas pagou caro o desacerto da linha de lance livre - apenas 27 marcados em 39 tentados (69,2 por cento) -, nomeadamente o “tiro” falhado por Kristaps Valters, com 29 segundos para jogar (88-91).
José Costa, com 29 pontos, incluindo sete “triplos” marcados, em 13 tentados, e sete assistências, foi o grande líder da equipa lusa, na qual também merece enorme destaque Miguel Miranda, que decidiu o jogo e totalizou 17 pontos.
No geral, a formação lusa, que partiu para este jogo com 25,8 por centos nos “triplos” (33 em 128), esteve hoje inspirada nos lançamentos longos, com 52,7 (19 em 36), merecendo ainda destaque os escassos sete “turnovers”, contra 16 do adversário.
Por seu lado, o “NBA” Andris Biedrins (19 pontos e 13 ressaltos) foi o melhor da Letónia, juntamente com Kristaps Janicenoks (21 pontos) e Kaspars Berzins (17), enquanto Kristaps Valters quase arrumou Portugal, com 10 dos seus 15 pontos nos últimos 2.45 minutos.
O primeiro período foi equilibrado, com várias alternâncias no marcador, mas com Portugal a acabar bem melhor (23-18), muito por culpa da acção de um imparável José Costa, que conseguiu 13 pontos nesse período, incluindo três “triplos”.
No segundo período nada de significativo mudou e o intervalo chegou com 51-45, mas a equipa lusa entrou muito bem na segunda metade e chegou rapidamente a 13 pontos de vantagem (58-45), depois de dois lançamentos certeiros de Elvis Évora e um “triplo” de João Santos.
A 1.40 minutos do final do terceiro parcial, Portugal ainda liderava por 11 pontos (70-59), mas uma jogada de cinco pontos (3+1+1) virou o jogo para o lado dos forasteiros, que quase chegaram ao empate, num lançamento de três pontos de Umbrasko (70-67).
Embora com grandes dificuldades, o conjunto luso ainda se foi mantendo no comando no início do derradeiro parcial, mas um “triplo” de Janicenoks, a 3.28 minutos do fim, deu a primeira vantagem aos letões (77-79) desde o período inicial.
Com Valters em “grande”, a Letónia chegou mesmo a ter cinco pontos à maior (79-84), mas Portugal, com grande coração, não desistiu e, com quatro “triplos” nos derradeiros dois minutos, o último de Miranda, com cinco segundos para jogar, voltou ao comando (93-92).
A Letónia tinha ainda a última posse de bola, mas Janis Blums fez um mau passe, José Silva conseguiu a intercepção e a bola sobrou para o “capitão” José Costa, que, qual “final feliz”, a guardou até final. Portugal sofreu, mas continua na elite... de ainda pode sonhar.
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