Autor: Lusa/AO Online
“A comissão julgadora do Conselho de Jurisdição da Iniciativa Liberal concluiu o processo disciplinar de Tiago Mayan Gonçalves, tendo deliberado pela sua expulsão do partido”, lê-se numa nota divulgada pela IL.
Esta decisão surge depois de, a 7 de novembro, Tiago Mayan Gonçalves ter assumido que falsificou as assinaturas do júri do Fundo de Apoio ao Associativo Portuense, enquanto presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.
Em causa está uma ata da reunião do júri, datada de 16 de setembro, que terá sido elaborada e falsificada por Tiago Mayan.
"Essa ata não foi elaborada pelo júri, nem tão pouco assinada pelos mesmos, tratando-se de um documento falso com assinaturas apostas por outra pessoa", lê-se na ata da reunião que decorreu quarta-feira entre o júri e o executivo da junta.
Segundo o documento, a que a Lusa teve acesso, quando confrontado com o documento, Mayan confirmou "que foi ele que elaborou o documento e colocou as assinaturas, atribuindo a si próprio tal responsabilidade, isentando de qualquer culpa todos os restantes membros do seu executivo e colaboradores".
Perante este caso, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, tinha anunciado que tinha sido aberto um processo disciplinar a Tiago Mayan Gonçalves - cujo resultado foi hoje divulgado - e manifestado o desejo de que a decisão do Conselho de Jurisdição fosse “exemplar, expedita e justa”.
Tiago Mayan tinha assumido que o ato foi “manifestamente irrefletido e censurável”, apresentado a sua demissão de presidente da união de freguesias, mas salientava que não se tinha apropriado de quaisquer fundos e alegava que o tinha feito para não ultrapassar prazos.
Além de se ter demitido da presidência da união de freguesias, Tiago Mayan Gonçalves desistiu igualmente de disputar a presidência da IL, após já ter formalizado essa candidatura em julho, enquanto líder do movimento “Unidos pelo Liberalismo”, mas manifestava a vontade de se manter enquanto membro de base do partido.