Autor: Lusa/AO Online
“Mais uma vez, temos o maior partido da oposição, em vez de contribuir para soluções, a querer causar ruído e a querer fazer politiquice com isto”, afirmou, em declarações aos jornalistas, a titular da pasta da Saúde nos Açores, Mónica Seidi.
Questionada sobre a criação de uma comissão de inquérito, Mónica Seidi disse que é o PS quem está a “criar o caos na saúde”.
“Estamos perante uma situação muito séria. Da parte do maior partido da oposição não houve nunca uma proposta construtiva que tivesse em conta o melhor para os açorianos. Preferiram refugiar-se nas declarações de um antigo administrador, que quando tomou posse já as decisões estavam tomadas em relação à estratégia, para criar o caos na saúde”, criticou.
O anúncio da criação da comissão de inquérito surgiu um dia depois de o ex-vogal do conselho de administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) António Vasco Viveiros ter dito, na comissão parlamentar, que a construção de um hospital modular, para dar apoio à infraestrutura, foi decidida pela direção clínica e assumida pela tutela, sem que tivesse sido votada pelo conselho de administração.
Questionada sobre estas declarações, a governante disse que não toma posições em que coloque “hospitais uns contra os outros”.
“Estou tranquila e quero continuar a trabalhar em prol dos açorianos”, afirmou.
Sobre o diferendo entre os hospitais de Ponta Delgada e da ilha Terceira, Mónica Seidi rejeitou tomar uma posição a favor de um ou de outro.
“Sendo secretária regional da Saúde é meu dever zelar pelo normal funcionamento entre as instituições e não alimentar qualquer tipo de guerras, na medida em que tem de haver uma relação institucional de respeito e de complementaridade entre ambas as instituições”, justificou.
Quanto à abertura de um serviço de hemodinâmica na Terceira, a titular da pasta da Saúde alegou que é uma decisão do Governo Regional, que ainda “carece de avaliação”.
“Ainda não rececionei uma proposta formal do conselho de administração, mas a intenção do governo é continuar a investir no hospital”, frisou.