Autor: Lusa/AO On line
A integração das pessoas com doença mental grave é o objetivo da Rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, que inclui unidades residenciais, unidades sócio ocupacionais e equipas de apoio domiciliário que se articulam com os serviços locais de saúde mental.
Os protocolos de intenção de implementação das primeiras experiências piloto vão ser assinados na segunda feira numa sessão de comemoração do Dia Mundial de Saúde Mental, adiantou o psiquiatra Álvaro Andrade de Carvalho, coordenador da recém nomeada Equipa de Projeto de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM).
“Vai haver uma fase de 18 meses de experiências piloto, que será acompanhada e monotorizada” pela CCISM, adiantou o psiquiatra, a propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala no domingo.
A Região Norte irá dispor de uma equipa de apoio domiciliário (Braga), uma unidade sócio ocupacional (Matosinhos) e duas residências autónomas (Barcelos) e a região Centro terá uma unidade sócio ocupacional.
Já a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) vai ter seis residências de apoio máximo, moderado, de treino de autonomia e autónoma.
Terá ainda uma residência de treino de autonomia e unidade sócio ocupacional dirigida a crianças e adolescentes.
O Alentejo terá uma equipa de apoio domiciliário para adultos e outra para crianças e adolescentes e o Algarve uma residência de apoio máximo.
As residências de “apoio máximo” são para os doentes mais dependentes e as de “apoio moderado” para os mais autónomos. Haverá ainda residenciais para adolescentes com problemas psicóticos e para crianças com problemas de comportamento, adiantou o psiquiatra.
Além das respostas residenciais, haverá também apoio domiciliário e unidades sócio ocupacionais para doentes que vivem com as famílias ou casa própria e que precisam de reabilitação psicossocial.
Álvaro de Carvalho adiantou que antiga legislação apenas permitia que fossem as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) a terem essas residências e unidades sócio ocupacionais.
Com a nova legislação, as candidaturas tanto podem ser de IPSS como de entidades privadas lucrativas ou entidades públicas, nomeadamente hospitais.