Açoriano Oriental
Rebentamentos no Porto geraram reclamações de 24 moradores

Secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia visitou a obra que decorre no Porto de Ponta Delgada, onde anunciou que os rebentamentos deverão terminar na próxima semana

Rebentamentos no Porto geraram reclamações de 24 moradores

Autor: Paula Gouveia/Lusa

Os rebentamentos com explosivos no Porto de Ponta Delgada, no âmbito das obras que estão a decorrer, geraram reclamações de 24 moradores de Ponta Delgada que alegam danos em edifícios.

Para permitir a operação de três navios em linha, foi necessário proceder a rebentamentos no interior do porto para ganhar profundidades que fossem compatíveis com as embarcações, através da eliminação de maciços rochosos no interior da baía. Mas, como anunciou, ontem, o secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia dos Açores, Mota Borges, estes rebentamentos deverão terminar na próxima semana.

Mota Borges visitou ontem a obra em curso, de reperfilamento no Porto de Ponta Delgada. À margem da visita, explicou aos jornalistas que estas reclamações foram encaminhadas para a empresa pública Portos dos Açores, dona da obra, que, por sua vez, as reencaminhou para o empreiteiro. “Essa situação foi atendida no processo de concurso e, como tal, as pessoas podem apresentar as suas reclamações à Portos dos Açores que depois as redirecionam para o empreiteiro”, afirmou à Antena 1/Açores.
Para o governante,  a obra de reperfilamento no Porto de Ponta Delgada,  era “necessária para racionalizar” a operação de carga e descarga dos navios” naquela infraestrutura portuária da ilha de São Miguel.

Ontem, o secretário regional anunciou ainda que o Porto de Ponta Delgada vai ver aumentada a sua capacidade de receção de contentores de 120 para 480 unidades.
O titular da pasta dos Transportes especificou que com esta obra pretende-se que o projeto tenha “impacto não só em termos de segurança da operação, através da racionalização dos movimentos de carga e descarga”, bem como na “redução de custos gerais dos transportes e da mercadoria”.

Mota Borges revelou que a obra, orçada em 30 milhões de euros, deverá estar concluída em maio de 2023.

Mota Borges referiu que foi lançada entretanto outra obra, que visa o reforço do molhe do Porto de Ponta Delgada, sendo que, “em princípio, em janeiro, haverá condições para se fazer a sua consignação, dando uma segurança reforçada” à infraestrutura portuária.

O secretário regional considerou que esta é a “maior obra” pública dos Açores, se somada à do reforço do molhe, mas este “é o porto mais importante que existe nos Açores e é deste que decorre a distribuição” para os restantes portos da Região. O Porto de Ponta Delgada representa cerca de 65% do movimento de mercadorias, nos portos comerciais dos Açores.

A empreitada foi adjudicada ao Consórcio Externo das empresas Teixeira Duarte/Tecnovia Açores/ Marques S.A./ Etermar/Seth e a consignação da obra ocorreu no dia 15 de maio de 2020.

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