Açoriano Oriental
OE2023
PSD diz que proposta tem "poucas novidades" e não implica cresccimento económico

O líder do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, considerou que a proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) entregue pelo Governo tem “poucas novidades” e não contribui para o crescimento económico do país.

PSD diz que proposta tem "poucas novidades" e não implica cresccimento económico

Autor: Lusa/AO Online

“É um Orçamento do Estado (OE) com poucas novidades”, afirmou o líder do grupo parlamentar social-democrata, na praia fluvial de Monsaraz, no concelho de Reguengos de Monsaraz (Évora), onde acompanhou o presidente do partido no programa “Sentir Portugal”.

Questionado pelos jornalistas sobre a proposta do OE2023 entregue pelo Governo na Assembleia da República (AR, Miranda Sarmento apresentou três notas críticas da parte dos sociais-democratas.

“É um OE na linha dos últimos sete deste Governo, que mantém uma política económica que não traz crescimento económico para Portugal”, começou por criticar.

Joaquim Miranda Sarmento enfatizou que “as perspetivas de crescimento para o próximo ano são desanimadoras” e, com este OE2023, “Portugal vai continuar a divergir dos ses principais concorrentes na União Europeia”.

Como segunda nota, o líder parlamentar do PSD argumentou tratar-se de um orçamento “que continua o empobrecimento a que o país tem assistido nos últimos anos, e em particular em 22, mas que, infelizmente, se vai mater em 23”.

“Esse empobrecimento será generalizado para a maioria dos portugueses, sejam pensionistas sejam portugueses na vida ativa”, acrescentou.

O terceiro ponto a que o líder do grupo parlamentar aludiu foi o argumento de que esta proposta contém “muitas promessas, como é timbre dos orçamentos do PS”.

“É um orçamento com muitas promessas, muitas medidas, muitos programas, mas depois, quando olhamos para a execução daquilo que são os orçamentos do PS, vemos que a execução fica muito aquém daquilo que [são] as promessas, nomeadamente no investimento público, mas também no apoio às famílias e às empresas”, afiançou.

Miranda Sarmento insistiu ainda que a proposta do Governo socialista do OE2023 não altera a “política económica dos últimos sete anos que tem levado Portugal a divergir face aos restantes países da União Europeia”.

“Em 2015, éramos o 18.º em termos de riqueza per capita” e, agora, “estamos a caminho de sermos o 22.º e não vemos no OE2023 essa mudança de política económica, infelizmente para o país”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre quais seriam as prioridades do seu partido para um OE, Miranda Sarmento disse que, se o PSD “estivesse a construir o orçamento”, este seria “virado para a competitividade da economia, para a produtividade” e para o “crescimento económico”.

“Porque sem crescimento económico e sem criação de riqueza não é possível pagar melhores salários e também não há receita fiscal para melhorar os serviços públicos, sem esta necessidade que o Governo tem tido nos últimos anos, em particular agora em 2022 e 2023, desta voracidade fiscal a que os portugueses estão sujeitos”, argumentou.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, dedica esta semana a Évora, com o programa "Sentir Portugal", que arrancou hoje na sede distrital e, depois, 'rumou' a Reguengos de Monsaraz, mas que, até sexta-feira, o levará à totalidade dos 14 concelhos do distrito.

A proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) foi hoje entregue no parlamento, prevendo que a economia portuguesa cresça 1,3% em 2023 e registe um défice orçamental de 0,9% do Produto Interno Bruto.

O Governo visa reduzir o peso da dívida pública de 115% do PIB para 110,8% em 2023 e projeta que a inflação desacelere de 7,4% em 2022 para 4% no próximo ano.

A proposta vai ser debatida na generalidade no parlamento nos próximos dias 26 e 27, estando a votação final global do diploma marcada para 25 de novembro.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados