Autor: Paulo Faustino
“Enquanto existirem processos a decorrer nos tribunais que envolvam a venda da Azores Parque e enquanto não forem concluídos os trabalhos da Comissão de Inquérito Municipal criada para avaliar o processo de alienação de 51% do capital social, o Partido Socialista irá rejeitar qualquer tipo de negociação com vista à aquisição de imóveis pertencentes à antiga empresa municipal”, frisou o vereador socialista Vítor Fraga, citado numa nota de imprensa, à saída da reunião do executivo camarário.
Nessa matéria, Fraga pede o esclarecimento daquilo que considera ser um “mistério”. O mistério que, diz, “está por trás da decisão de a Câmara Municipal ter decidido alienar a privados por 500 euros a empresa municipal Azores Parque para, agora, querer negociar, à porta fechada, a aquisição por milhões de euros - cerca de 5,6 milhões de euros - de parte do património desta empresa”.
Para os vereadores socialistas,
independentemente da aquisição ser concretizada, o município está
obrigado a pagar as rendas - no montante global de 1,1 milhões de euros -
do parque de máquinas até outubro de 2023.
No entender da vereação
do PS, a referida compra será incluída “num acordo que envolva o Banco
Santander, tendo como contrapartida que os processos existentes em
Tribunal, que este banco e a massa insolvente colocaram contra a
autarquia, sejam retirados”.