Autor: Lusa/AO online
Hong Kong subiu 62 posições no ‘ranking’ de Agitação Civil – ao passar da 132.ª para a 70.ª posição –, passando da categoria de “médio” para “elevado risco”, indica a consultora, cujo índice analisa 197 economias em todo o mundo.
Dos locais analisados pela consultora, 20 por cento apresentaram um maior risco de interrupção dos negócios devido à instabilidade social ao longo do último trimestre, mas foi Hong Kong que mais desceu no ‘ranking’.
“Hong Kong teve um desempenho comparativamente bom nos fatores económicos, sociais e de direitos do CUI [Índice de Agitação Civil, em inglês]. Contudo, apresenta um fraco desempenho na governação democrática, devido sobretudo ao défice democrático subjacente a um sistema eleitoral onde os candidatos são pré-selecionados por Pequim”, refere a Maplecroft numa nota que acompanha a divulgação do Índice de Agitação Civil.
“A escala dos protestos, que custaram aos comerciantes mais de 283 milhões de dólares [223,5 milhões de euros], fizeram com que Hong Kong passasse da categoria de ‘médio risco’ para ‘elevado risco’”, realça a consultora, acrescentando que a resposta de Pequim vai ser “crucial” para determinar se a situação se irá deteriorar ainda mais.
A segunda maior subida no índice foi protagonizada pela Libéria – passou do 113.º para o 74.º posto – devido à crescente instabilidade causada pelo surto de Ébola.
No ‘ranking’ global há 11 países considerados como de “risco extremo”, a maioria dos quais palco de conflitos internos e de violência derivada de conflitos étnicos ou religiosos, entre eles a Síria (1.º lugar), a República Centro-Africana (2.º) ou o Paquistão (3.º).